Os corpos em decomposição de duas mulheres, Asra Abdullah Alsehli e Amaal Abdullah Alsehli, de 24 e 23 anos, respectivamente, foram descobertos no começo de junho deste ano em uma casa de Burwood, Sydney, Austrália. A polícia foi chamada pois as duas deviam milhares de dólares de aluguel ao proprietário. Os corpos permaneceram identificados por mais de um mês e as autoridades não conseguiram definir a causa da morte. A Força Policial de Nova Gales do Sul estabeleceu uma investigação sobre o caso, chamada Strike Force Woolbird.
Segundo o jornal ‘The Guardian’, as irmãs chegaram à Austrália em 2017, fugindo da Arábia Saudita, e fontes ouvidas disseram que a polícia investiga se uma delas ou ambas eram LGBTQIAP+ para saber se o motivo de terem saído do país de origem foi perseguição. Uma mulher que permaneceu em sigilo de fonte disse ao jornal “que eles sabiam que uma das irmãs era queer, mas não tinham certeza sobre a outra”. Ela lembrou que as irmãs pareciam nervosas: “Percebi que elas se mantinham em um canto, parecendo tímidas, então fui até lá e comecei a conversar com elas. As duas mencionaram que eram da Arábia Saudita e conversamos sobre como é ser queer lá”.
A polícia fez contato com a família, mas a ‘Sky News’ relata que os parentes não reivindicaram os corpos nem providenciaram um funeral. O jornal australiano ‘The Daily Telegraph’ disse que uma “fonte policial sênior” acredita ter sido suicídio, mas a informação não foi confirmada pela Força Policial da Nova Gales do Sul, que por sua vez informou que a investigação ainda está em andamento.
Vale lembrar que a população LGBTQIAP+ na Arábia Saudita sobre forte repressão, além de ter a existência criminalizada e estarem sujeitos a punições incluindo castração química, chicotadas em público, tortura, prisão perpétua e pena de morte.
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