A jornalista Lorena Coutinho, que atua há dez anos como repórter da Record TV, vai lançar na próxima quarta-feira (6) o podcast "IDA: passos de Inclusão, Diversidade e Amor". O projeto tem como intuito abordar histórias da comunidade LGBTQIA+ brasileira, bem como expressar necessidades e desejos da população, além de contribuir com a busca de visibilidade. O podcast terá novos episódios às quartas-feiras, que ficarão disponíveis pelo Spotify
As situações que serão narradas pelas pessoas convidadas vai abordar vivências de vidas particulares, mas também no mercado de trabalho. O primeiro episódio do podcast vai trazer Erica Ferraz, uma travesti que foi impedida de comprar maquiagens por vendedores em uma famosa loja em São Paulo.
Advogados, psicólogos e especialistas em diversidade e inclusão serão convidados para complementar as histórias do ponto de vista profissional e de soluções para empresas que querem ter ambientes mais inclusivos e que respeitem a diversidade.
“Muitos canais já ocupam um espaço importante falando diretamente com a comunidade LGBTQIAP+, minha ideia é ir por um caminho paralelo. Quero me unir à comunidade para levar essas histórias justamente a quem não faz parte desse grupo, mas precisa conhecê-lo para cessar o preconceito”, afirma a repórter.
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Lorena se aproximou da comunidade LGBTQIA+ quando conheceu sua atual esposa, na própria Record TV, onde trabalha. Ela está há seis anos em um relacionamento com a jornalista e produtora Natália Dumas, que era gerente do Domingão do Faustão, na TV Globo. Desde então, ela passou a abrir suas redes sociais para falar sobre o tema e conhecer novas histórias.
“É impressionante a quantidade de pessoas com histórias marcantes neste grupo. Como jornalista, me interessa muito poder falar sobre a superação desses desafios pessoais e sociais que eu também vivi", diz.
Entre os desafios pessoais, ela cita o preconceito que enfrentou da família ao se separar do ex-marido, pai de sua única filha, para viver um relacionamento com uma mulher. Ela também passou por dificuldades para assumir sua orientação sexual no ambiente de trabalho.
“Ninguém entendeu o que estava acontecendo comigo. Me rebelei", explica, brincando. "Mas foi um período importante para me descobrir. Agora quero transformar esse orgulho em trabalho também”.