A nadadora Lia Thomas
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A nadadora Lia Thomas

A nadadora transgênero Lia Thomas venceu três títulos na Ivy League, campeonato universitário de peso dos Estados Unidos, no último fim de semana. Na competição dos 100 metros livres, que lhe rendeu o último título, Iszak Henig, também atleta trans, ficou em segundo lugar.

Lia, que é da Universidade da Pensilvânia, bateu o recorde da Ivy League e completou a prova em 47,63 segundos no último sábado (19). Segundo o site especializado Sports Illustrated, ela também venceu os 200 metros livres e 500 metros livres.

Iszak Henig
Reprodução

O nadador Iszak Henig

Iszak Henig, apesar de um homem trans, está competindo na categoria feminina este ano. Representante de Yale, ele venceu a prova de 50 metros livre.

As vitórias de ambos estão ocorrendo diante do debate sobre a participação de pessoas transgênero em competições universitárias. No caso de Lia, cerca de 16 atletas da natação da Universidade da Pensilvânia escreveram uma carta em que se colocavam contra a participação da atleta trans no time feminino.

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Além desse grupo, em janeiro deste ano Michael Phelps chegou a comparar a participação de Lia na competição ao dopping; ou seja, que os hormônios da atleta seriam estimulantes e poderiam tornar a competição menos justa.

Mesmo assim, a nadadora teve apoio de outros atletas da natação da universidade, além de ter ganhado uma carta de apoio assinada por mais de 300 atletas profissionais e ex-alunos da universidade, demandando que Lia participasse da Ivy League.

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** Camila Cetrone é formada em jornalismo. Desde 2020, é repórter do iG e tem experiência em coberturas sobre cultura, entretenimento, saúde, turismo, política, comportamento e diversidade; com ênfase em direitos das mulheres e LGBTQIA+, na qual está inserida como bissexual. É autora do livro-reportagem “Manda as Bicha Descer”, resultado da apuração de um ano na casa de acolhida LGBT Casa 1, no centro de São Paulo. Coleciona livros, vinis e estuda cinema nas horas vagas. Ama contar e ouvir histórias, cantar mal no karaokê e memes autodepreciativos (jura que faz terapia).

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