Clemência e Vitória, vividas pelas atrizes Dani Barros e Maria Clara Gueiros, começaram a trama de "Nos Tempos do Imperador" como duas mulheres heterossexuais, mas algumas mudanças no enredo fizeram com que elas se aproximassem e descobrissem o amor entre elas. As duas protagonizaram o primeiro beijo lésbico da trama escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, que foi ao ar nesta sexta-feira (28), na novela das 6.
No contexto, Vitória conversa com Lupita (Roberta Rodrigues) e afirma que está "com os pensamentos nas nuvens" e "deve ser difícil [viver um amor] quando todo mundo é contra". "Eu descobri agora o que é encontrar a metade da sua laranja... o problema é quando elas não podem se juntar", lamenta a personagem.
A antropóloga Vitória vai ao encontro de Clemência e diz que não vai mais para a Europa porque quer ficar com ela para sempre. "Eu não vou para lugar nenhum. Eu vou ficar aqui por você, por nós", diz a cientista até que as duas se beijam.
Em seguida, aparecem as duas juntas na cama, com os cabelos soltos e ambas relatam a sensação de plenutide que vivem e os sentimentos antes nunca experimentados. "É um absurdo termos de nos preocupar com a opinião dos outros. Essa é a nossa vida. Ninguém tem nada a ver com isso. De qualquer maneira, podemos manter a discrição e nem contar para o Quinzinho. É nossa joia que vai ficar guardada no armário, por enquanto. Há de chegar o dia em que todo amor será livre, sem armários", fala Vitória.
A trama é uma continuação da novela "Novo Mundo" e retrata a vida do imperador Dom Pedro II, além do cotidiano e a vida da população brasileira no século 19. A história de "Nos Tempos do Imperador" também já chamou a atenção dos telespectadores em outros momentos quando o personagem deputado Tonico Rocha, vivido por Alexandre Nero, faz discursos bem parecidos com os do presidente Jair Bolsonaro na vida real. Além disso, retrata a corrupção no final do período imperial brasileiro, como a "criação" da famosa "rachadinha".
