Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) mapeou as vivências e dificuldades de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho, incluindo dados sobre o Brasil. De acordo com a pesquisa, chamada “Why the First Year Matters for LGTBQ+ Employees” (Por que o primeiro ano importa para empregados LGBTQ+?, em portugês), 77% das pessoas brasileiras já foram discriminadas no ambiente corporativo.
Além do Brasil, a pesquisa ouviu outros 19 países entre junho e dezembro de 2020. Das 8.800 participantes, 61% são LGBT+, 36% mulheres, 8% pessoas trans ou não binárias, 88% possuem idades entre 18 e 44 anos e 68% estão desempregados.
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O estudo aponta ainda que somente 11% dos brasileiros LGBT acreditam que falar sobre a própria orientação sexual no trabalho é algo positivo. Por outro lado, 29% afirmam que isso prejudicaria suas vidas profissionais.
Ao contrário do cenário brasileiro, metade das pessoas LGBT+ da Austrália e 43% dos estadunidenses acreditam que falar sobre a própria sexualidade pode ser algo vantajoso. No México e na França, 40% e 36%, respectivamente, veem o ato como negativo.
O estudo também pesquisou sobre casos de transfobia e discrmininação de outros grupos no mercado de trabalho. Cerca de 74% das pessoas trans e não binárias sofreram transfobia no trabalho e 57% das mulheres foram vítimas de bifobia e lesbofobia. As mulheres também relataram 13% mais incidências de assédio sexual vinda de homens com quem dividem o espaço de trabalho.