A Casa Chama, ONG que funciona como casa de acolhida para pessoas trans na região da Sé, centro de São Paulo, pode encerrar suas atividades em 2022 por falta de verba. A casa precisa arrecadar R$31.350 mensais para se manter.
Além de oferecer moradia à população transgênero, travesti e transvestigênere, a organização distribui alimentação, kits de higiene pessoal, tratamentos de saúde e até atendimento psicológico e jurídico. Caso pare de funcionar, a ONG aponta que 183 mil pessoas em situação de vulnerabilidade podem deixar de receber assistência.
À Folhapress, o presidente e fundador da casa, Digg Franco, afirma que as colaborações financeiras são sazonais e ocorrem, principalmente, em junho, o Mês do Orgulho LGBTQIAP+ . “As marcas só se interessam nesse mês. Mas nós somos uma associação que trabalha todos os dias com os problemas sociais, e ainda mais com a população mais vulnerabilizada da sigla LGBT", afirma Digg à agência.
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"Quem conhece a Casa Chama sabe da qualidade do nosso trabalho, da nossa competência e da nossa efetividade. Mas nós ainda não temos a visibilidade de outras instituições. Falta um pouco de interesse das pessoas e das marcas de perderem o medo e de criarem situações que as aproximem de nós", continuou o presidente.
Fundada em 2018, a Casa Chama se mantém por meio de financiamento coletivo, mas precisa de investidores permanentes para conseguir manter seus serviços. Em 2020, a ONG doou mais de 3 mil cestas básicas, fez acompanhamento médico de 250 pessoas, deu moradia para 70 e encaminhou mais 10 para outras casas de acolhida LGBT.
É possível fazer doações mensais entre os valores de R$25 e R$500 pelo link do financiamento coletivo da Benfeitoria, benfeitoria.com/salveacasachama
. Também é possível fazer doações usando a chave Pix [email protected] ou usando os dados bancários da Casa Chama (Banco Itaú / Agência: 0593 / Conta Corrente: 162.35-7 / CNPJ: 39.315.535/0001-97).