No último domingo, uma jovem trans de 24 anos foi encontrada morta na região da Lagoa Azul, em Suzano, interior de São Paulo. Gabriella Irente era figura conhecida na comunidade LGBTQIAP+ de Mogi das Cruzes e morreu no dia de seu aniversário, no último domingo (3). A morte causou comoção entre os residentes da cidade e conhecidos de Hanna, como Gabriella também era chamada.
Gabriella era artista drag na cidade e tinha participação ativa em eventos LGBTQ da cidade. No ano de 2019, ela foi eleita a Miss Drag Queen Mogi das Cruzes durante a Parada LGBTQ da cidade, a última que ocorreu antes da pandemia do novo coronavírus. Ela também era conhecida pelas apresentações e performances drag queens nos palcos da cidade.
Leia Também
Para a Folha de São Paulo, conhecidos contam que Gabriella era conhecida por ser uma pessoa extrovertida, talentosa e alegre, que gostava de fazer amizades. Além disso, ela expressava “vontade de viver e de conquistar seus objetivos” e não se envolvia em atritos.
“Ela só queria ser feliz e viver a identidade de gênero. Como legado, ficam a força e a coragem para correr atrás dos objetivos sem medo de ser feliz”, diz ao jornal a fundadora e vice-presidente do Fórum Mogiano LGBT, Alexandra Braga. Ela conta ainda que Gabriella estava gravando um disco de músicas autorais.
Morte de jovem está sendo investigada
De acordo com informações emitidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares foram acionados no dia 3 e foram para a Avenida Roberto Simonsen, no bairro Cidade Cruzeiro. Lá, o corpo da jovem foi localizado, identificado e dado como morto.
O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foram chamados. Segundo comunicado emitido pelo Fórum Mogiano LGBT, que lamentou a morte, não houve sinais de violência. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) é aguardado. “Manifestamos nossa solidariedade e sentimentos a toda família e amigos, por essa triste perda”, completou o Fórum.