Amara e Olayinka, nigerianas e lésbicas, se casaram no país, onde união entre pessoas do mesmo gênero é crime
Reprodução/Twitter
Amara e Olayinka, nigerianas e lésbicas, se casaram no país, onde união entre pessoas do mesmo gênero é crime


Nesta semana, uma YouTuber e ativista  LGBTQIAP+ lésbica e nigeriana postou nas redes sociais que se casou simbolicamente com sua parceira. A Nigéria é um dos 72 países perigosos para gays , lésbicas e pessoas trans. Em algumas regiões do país, relações entre pessoas do mesmo gênero e identidades queer são crimes.


A ativista Amara postou uma série de fotografias em suas redes sociais revelando que se casou com sua então namorada, chamada Olayinka. Apesar de não poderem se casar legalmente, as duas tatuaram seus nomes em seus dedos anelares.

“O país diz que não podemos casar no papel, então nós tatuamos nosso ‘sim’ em nossa pele”, escreveu Amara. A ativista ainda postou vídeos do momento em que o nome da amada foi eternizado em sua pele.

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A atitude foi vista como corajosa, já que as leis da Nigéria são bastante rígidas. O país possui histórico de discriminação, ameaças, perseguições e até prisões de pessoas LGBTQIAP+ apenas por suas identidades de gênero ou orientações afetivo-sexuais.

No ano de 2014, o país recebeu o Ato de Proibição do Casamento entre Pessoas do Mesmo Sexo e fez campanha para que a união entre casais LGBTQIAP+ fosse proibida, oq que virou lei. Além disso, a Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas aponta que pessoas que frequentam bares gays ou participam de organizações voltadas para a comunidade podem enfrentar até 10 anos de prisão.

No início deste ano, Anthony Okechukwu Ojukwu Esq, o secretário da Comissão Nacional de Direitos Humanos, afirmou que as relações homossexuais estavam “um pouco acima do incesto”. Em julho, cinco homens foram presos na cidade de Cano sob suspeita de serem gays. No país, o caso foi marcado por uma forte repressão e busca policial.

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