Nino foi capitão e usou a camisa 24
REPRODUÇÃO/FLUMINENSE
Nino foi capitão e usou a camisa 24


Nino, zagueiro do Fluminense, falou sobre a camisa que usou em defesa e homenagem aos LGBTQIA+ na véspera do Dia Internacional do Orgulho LGBT. Ele comentou que apesar da religião, ele levanta a bandeira do movimento. 

"O clube já faria a ação, e eles queriam que o capitão jogasse com a camisa 24. Eles vieram meio receosos falar comigo, o argumento deles era que eu era cristão e não sabiam se eu iria gostar. Eu aceitei de primeira", contou ao GE.

"A causa é muito nobre, são pessoas que sofrem muito, e o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. O Fluminense fez uma causa muito bonita com isso, leiloou as camisas doando para as instituições que ajudam essas pessoas", disse. 

"No momento eu só falei o "sim" para o pedido do clube, mas se eu pudesse responder, responderia que com certeza jogaria com a camisa 24. Eu vi muitas pessoas vindo falar comigo, questionando o fato de eu ser cristão, como se fosse uma contradição", contou. 

"Mas Jesus ensinou o amor, pregou o respeito entre as pessoas. E eu acho que temos que levantar sempre toda bandeira que grita pelo amor, pelo respeito. Não acho que o amor seja o melhor caminho, acho que é o único caminho. Então era a única resposta que eu tinha para dar", disse. 

Para ele, jogar com a camisa 24 poderia ser algo recorrente. "Foi um orgulho muito grande. Se tiver de novo ano que vem, vou representar de novo, jogar com a camisa 24, porque realmente são pessoas que sofrem muito, e a gente precisa abrir nossos olhos para isso".

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