
"Meu Nome é Tiana", produção nacional sobre a travesti negra mais idosa do Brasil, já está disponível no catálogo do serviço de streaming da HBO Max.
Tiana, de 92 anos, que mora em Governador Valadares, em Minas Gerais, é a protagonista da narrativa documental. Sua rotina e sua história são apresentadas como testemunhos de resistência.
A produção evidencia a força simbólica de sua longevidade, além de reforçar a presença de tramas diversas na plataforma. A obra faz parte do projeto Narrativas Negras Não Contadas – Black Brazil Unspoken, da Warner Bros. Discovery Access.
Esse selo busca valorizar personagens e perspectivas pouco representadas. De modo geral, o projeto amplia o alcance de histórias apagadas não apenas pelo tempo, como também pelo preconceito.
A produção apresenta a trajetória de Tiana destacando que, aos 92 anos, ela é reconhecida como a travesti negra mais idosa do Brasil. O material enfatiza que sua vida em Governador Valadares (MG) se tornou símbolo de resistência em um país que ainda figura entre os mais violentos do mundo para pessoas trans.
O conteúdo ressalta que sua longevidade, por si só, já desafia estatísticas marcadas pelos preconceitos estruturais da sociedade. Essa ruptura é apresentada como parte essencial da história. A trajetória de Tiana se transforma em denúncia e celebração ao mesmo tempo.
Fé
Além disso, o curta-metragem singulariza a protagonista ao mostrar sua devoção católica aliada à participação ativa nas causas defendidas pela comunidade LGBTQIAPN+. O relato explora essa combinação com cuidado. A união entre fé e militância ganha destaque.
Por isso, o documentário toca em temas delicados e ressalta a união em espaços tidos como incompatíveis. A obra tem direção de Dafny Bastet, que reforça a profundidade emocional e política do retrato apresentado.
