Os alimentos arrecadados são não perecíveis
Agência Aids
Os alimentos arrecadados são não perecíveis

A 21ª edição do Camarote Solidário da Agência Aids anunciou que recebeu seis toneladas de alimentos não perecíveis neste ano. O evento de arrecadação começou no dia 2 de junho, perdurando durante o mês do Orgulho LGBTQIAPN+ , e visa ajudar 14 instituições que atendem pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade afetadas pelo HIV/aids e tuberculose em São Paulo.

Segundo a Agência Aids, os alimentos arrecadados são: arroz, óleo, açúcar, macarrão, farinha de trigo, feijão, café, molho, sal, entre outros itens. Cada instituição deverá receber cerca de 30 cestas básicas, com exceção do Rio Grande do Sul, que vai receber o equivalente a uma tonelada. As organizações escolhidas são: 

  • Instituto Vida Nova:  fundado em 2000, é uma ONG que atua na prevenção e assistência às populações vulneráveis a ISTs, HIV/aids e hepatites virais, com 900 pessoas vivendo com HIV cadastradas e participando de seus projetos;
  • Grupo de Incentivo à Vida (GIV):  é uma ONG sem fins lucrativos, não vinculada a partidos políticos ou religião, dedicada aos direitos das pessoas com HIV/aids e vulneráveis, oferecendo atividades de prevenção, terapias alternativas, apoio psicológico, e publicações sobre pesquisa e assistência em HIV;
  • Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, núcleo São Paulo: há mais de duas décadas, o MNCP fortalece mulheres vivendo com HIV/aids, promovendo acesso a informações precisas e científicas sobre prevenção e tratamento do HIV. O movimento une mulheres de diversas cidades brasileiras para visibilizar suas realidades, promover diálogo e eliminar discriminação relacionada ao HIV/aids, destacando histórias de coragem e busca por autonomia e direitos;
  • Casa 1:  financiada pela sociedade civil em São Paulo, oferece acolhimento para LGBT expulsos de casa, atividades culturais no Galpão Casa 1 e serviços de saúde mental humanizados na Clínica Social Casa 1, focando na comunidade LGBT;
  • Centro de Convivência É de Lei:  desde 1998, promove a redução de riscos associados à política de drogas, incentivando uma cultura de cuidado ético e respeito aos direitos das pessoas que usam drogas. Busca cocriar e disseminar práticas de redução de danos, visando transformar a abordagem da guerra às drogas;
  • Projeto Bem-Me-Quer:  iniciado em 1996, é uma entidade sem fins lucrativos que apoia pessoas com HIV/aids e seus familiares em vulnerabilidade socioeconômica, assistindo cerca de 140 pessoas. Foca no combate à exclusão e discriminação, promovendo autoestima, dignidade, cidadania, saúde e reinserção social;
  • Associação Marinatti:  surgida durante a pandemia em Guarulhos, defende os direitos humanos, especialmente de pessoas vivendo com HIV/aids, LGBTQIA+ e vulneráveis, buscando transformações sociais e acolhimento;
  • Associação da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo:  sem fins lucrativos e apartidária, promove a cidadania e autoestima da comunidade LGBT+. Realiza o Mês do Orgulho LGBT+ e a Parada LGBT+ de São Paulo, a maior do mundo, lutando por igualdade e inclusão social;
  • Rede Paulista de Controle da Tuberculose: desde 2005, a ONG realiza advocacy e controle social nas políticas de tuberculose alinhadas com o SUS e SUAS, promovendo visibilidade e prevenção da doença. Também articula ações intersetoriais envolvendo saúde, assistência social, educação, habitação, cultura, trabalho e direitos humanos;
  • Espaço Vila Vitória: fundada pelo Padre Valeriano em 2008, a Vila Vitória é um centro de convivência que se dedica a apoiar jovens que vivem com HIV/aids, buscando aprimorar sua qualidade de vida;
  • Instituto Cultural Barong:  fundado em 1996, realiza ações de prevenção ao HIV/aids e outras ISTs, promovendo saúde sexual e reprodutiva com materiais educativos e uma unidade móvel para exames e esclarecimentos. Além disso, organiza eventos, oficinas, exibições educativas e oferece orientação e encaminhamento para diversos problemas relacionados aos direitos humanos;
  • Fórum de ONGs/Aids do Rio Grande do Sul: fundado em 1999, o Fórum ONG/Aids do Rio Grande do Sul reúne 48 organizações para prevenir e conscientizar sobre HIV/aids, melhorando a qualidade de vida e defendendo os direitos das pessoas vivendo com a doença. Com sede em Porto Alegre, promove a união das ONGs, conscientização, autoaceitação, combate ao preconceito, e participa na formulação de políticas públicas inclusivas;
  • Centro de Referência e Defesa da Diversidade Brunna Valin:  fundado em parceria com o Grupo Pela Vidda/SP e a Prefeitura de São Paulo em 2008, acolhe e promove a inclusão social da população LGBT;
  • O Amor Agradece: fundada em 2018, distribui comida a quem tem fome, organizando-se em 12 núcleos que operam diariamente e entregam 3500 quentinhas por semana. A ONG começou com amigos cozinhando juntos e adaptou-se durante a pandemia para funcionar em núcleos menores.

Essa é a primeira vez que o Fórum de ONGs/Aids do Rio Grande do Sul será beneficiado pela iniciativa. O objetivo é ajudar as pessoas que vivem com o HIV afetadas pela maior tragédia climática da história do estado. De acordo com a coordenadora do Fórum, Márcia Leão, a doação "foi essencial para auxiliar diversas famílias de pessoas vivendo com HIV/aids durante esta crise que o RS enfrenta. Doações como essa têm um impacto significativo na vida das pessoas."

Quem também agradeceu a iniciativa foi a presidente do Instituto Cultural Barong, Marta Mc Britton, que ressaltou a importância de trabalhos como o feito pela Agência: "Infelizmente, vivemos em um país onde mais de um quarto da população está em situação de pobreza. Todas as iniciativas que possam ajudar essas pessoas são muito importantes."

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