The Town ocorre no Autódromo de Interlagos, em São Paulo
Reprodução/Instagram 05.09.2023
The Town ocorre no Autódromo de Interlagos, em São Paulo

O The Town uniu forças com Hóttmar Loch, especialista em tecnologia social, diversidade e inclusão, e CEO cofundador da Nohs Somos, startup de impacto social que em parceria com Ezatamentchy, Bicha da Justiça e Transmutart vem desencadeando uma série de iniciativas focadas na população LGBT+ durante o festival.

Ao iG Queer o empreendedor explicou que 20 voluntários da prefeitura de São Paulo irão ajudar na coleta de dados para a construção de um censo LGBT+ dos frequentadores desta que é a primeira edição do festival "irmão" do Rock in Rio.

Hóttmar Loch
Reprodução/Instagram 05.09.2023

Hóttmar Loch, CEO e cofundador da Nohs Somos

"Separamos os voluntários em grupos pela Cidade da Música, tendo em cada um deles uma pessoa da Nohs Somos responsável. A nossa meta é ter 2.500 mil participações totais, ou seja, 500 respostas por dia de festival", detalha Hóttmar.

"Depois de coletados, iremos trabalhar os dados em parceria com a Neo4j [líder mundial em tecnologia de grafos] e montarmos o relatório de diversidade do The Town 2023 com esse olhar voltado para a narrativa de pluralidade. Iremos medir o clima e o censo por meio de uma única pesquisa feita com o público do festival", acrescenta o empreendedor.

Além do censo, outras iniciativas também foram tomadas como a inclusão de dois banheiros sem gênero pela Cidade da Música.

"Essa é uma ação para inspirar outros eventos e festivais em um Brasil onde 70% de pessoas trans e travestis têm dificuldades em utilizar banheiros públicos , segundo pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia", conta Hóttmar. "Essa alternativa serve para mostrar que utilizar o banheiro não deve ser desconfortável para ninguém e com o banheiro sem gênero criamos uma alternativa aos banheiros já existentes separados por gênero."




Outra ação que a startup está promovendo no festival é o letramento da equipe do The Town sobre a diversidade do público que está frequentando o evento.

"A equipe de staff do festival está treinada por diferentes organizações, entre
elas a Nohs Somos, que ofereceu treinamento sobre a pauta LGBTQIAPN+ , e o Instituto Identidades do Brasil (IDBR), com a causa racial, além de outras temáticas diversas, para que todos se prepararem da melhor maneira [para receber o público]. Os staffs serão capazes de fornecer informações e assistências iniciais, encaminhando o público quando necessário. O maior festival de música, arte e cultura de São Paulo defende uma sociedade diversa, inclusiva e
acessível, tendo o respeito como algo primordial."


Hóttmar finaliza abordando a cobertura que a Nohs Somos está realizando no evento, que prioriza as experiências LGBTs no festival.

"A cobertura da Nohs Somos traz consigo o DNA de pluralidade LGBTQIAP+, botando a nossa comunidade nos holofotes", explica o empreendedor. "Iremos construir conteúdos em tempo real com o público, conhecendo melhor os fãs de artistas LGBTQIAP+ que são atrações e também trabalharemos
junto ao Alma Preta Jornalismo trazendo a interseccionalidade de pessoas
negras e queers."



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