Xuxa fala sobre relação com comunidade LGBTQIA+
Reprodução/YouTube - 11/07/2023
Xuxa fala sobre relação com comunidade LGBTQIA+

Xuxa Meneghel, em entrevista ao podcast apresentado por Fernanda Paes Lee e Giovanna Ewbank, falou sua relação com a comunidade LGBTQIA+. A apresentadora admite que não tinha noção de sua importância para a comunidade, pois seu principal intuito sempre foi trabalhar “para todo tipo de criança”, o que a fez atingir os mais diversos públicos.

“Eu sempre quis fazer um trabalho para ‘todo tipo de criança’”, começou a apresentadora, acrescentando que, quando foi para a Argentina, notou que havia um tipo de classificação. “Eles faziam programas só para ‘crianças bonitas’.”

Ela continua: “Eles só recebiam crianças de agências. E eu não queria isso, eu queria criança cadeirante, criança excepcional, criança... ‘de todo tipo’.”

Xuxa em participação no Podcast
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Xuxa em participação no Podcast "Quem Pode, Pod"

Xuxa então diz que o fato de ter trabalhado usando uma linguagem pensada para todas as crianças a ajudou a perceber que existem as crianças que “ainda não se descobriram”. “Elas acabavam dizendo: ‘Eu não quero ser paquito, eu quero ser Xuxa’, ou uma menina que dizia ‘Eu não quero ser paquita, eu quero ser um paquito’.”

“Então, pelo fato de eu deixar muito livre, ‘seja você, seja feliz’ e tudo o que eu falava sobre ‘correr atrás dos seus sonhos’ e passar a mensagem ‘se você quer, você pode, você consegue’ e as músicas que eu cantava...”

Xuxa acredita que suas músicas, cantadas repetidas vezes na época, de certo modo, atuavam como “mantras” e ajudavam as crianças a “serem como realmente eram”.

Xuxa explica sobre
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Xuxa explica sobre "eu amo você" em libras

“Eu falava muito isso: ‘Se você me aceita do jeito que eu sou, você me ama!’”, disse a apresentadora, em referência ao símbolo de “eu te amo”, na linguagem de sinais (libras), algo que ela popularizou no Brasil.

Fernanda Paes Leme relembra um vídeo feito pelo ator Silvero Pereira, em uma homenagem à Xuxa realizada no programa “Altas Horas”, da TV Globo, no qual o ator de “Bacurau” afirmou que gostaria de ser uma paquita, pois sabia que a Xuxa “o aceitaria como ele era”.

Xuxa, no entanto, confessa que não sabia que tinha essa representação tão forte para a comunidade LGBTQIA+, pois seu intuito sempre foi trabalhar para todas as crianças, e assim atingia os mais diversos grupos, independentemente de gênero, cor ou etnia.

Coisas do destino

Xuxa então revela sobre um projeto que apresentou para a TV Globo na época em que ainda estava na emissora, que se chamaria “Queens and Drags”, no qual apresentaria em parceria com Ivete Sangalo.

“Eu seria a rainha de Ouros e ela [Ivete] a de Copas, e teria sempre um curinga entre a gente, que seria um convidado”, contou a apresentadora, explicando que o programa seria inspirado no RuPaul's Drag Race , que na época (2011) estava entrando em sua terceira temporada.

“Não tem como a gente não falar do RuPaul, ele é o pioneiro, ele é incrível”, disse Xuxa, que sugeriu que a emissora dos Marinho comprasse o projeto de Rupaul para produzi-lo em uma “linguagem brasileira”, mas teve seu pedido negado, já que a produção na época acreditava que o programa britânico não combinaria com o público brasileiro.

Por mais de 10 anos, a apresentadora guardou a ideia como um sonho, até que recebe um convite do serviço de streaming Prime Vídeo, da Amazon, que coincidentemente iria produzir o Caravana das Drags .

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