Gabriel Machado, biomédico, mestre em Bioquímica Médica e diretor e fundador do instituto que leva o seu nome (IDGM)
Reprodução/Facebook - 30.06.2023
Gabriel Machado, biomédico, mestre em Bioquímica Médica e diretor e fundador do instituto que leva o seu nome (IDGM)

Em 2021, o Dr. Gabriel Machado, biomédico, mestre em Bioquímica Médica e diretor e fundador do instituto que leva o seu nome (IDGM), entrou numa jornada sem precedentes: após anos atuando na Estética e Biomedicina no Brasil, sendo docente em cursos de pós-graduação, assim como os da sua própria instituição, ele percebeu que a Harmonização Facial poderia ser uma forma inédita de ajudar o público LGBTQIAP+.

Após ganhar um prêmio revelação devido a esse case, recebeu a proposta da Medbeauty, empresa brasileira que está em permanente contato com as inovações tecnológicas do mercado mundial de beleza e bem-estar, para patrocinar seu projeto com o fornecimento dos produtos preenchedores dos procedimentos.

“Naquele momento, eu só conseguia pensar ‘podemos fazer isso de fato’. Podemos dar um jeito de contribuir fazendo uma harmonização facial em pessoas trans que precisam masculinizar ou feminilizar uma face por conta da disforia, principalmente, que acaba acontecendo muito no processo de transição ou até em no período de descoberta”, comenta Machado.

E hoje, o Brasil sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo, essa população tem muito julgamento pela aparência. “Vemos muitas mulheres trans que tentam o máximo possível ter muitos traços femininos para fugir de atos de violência, por exemplo, e que, infelizmente, acabam buscando por produtos clandestinos e profissionais não qualificados para suprir essa necessidade“, acrescenta o biomédico.

A ideia de harmonizar pessoas trans gratuitamente surgiu das próprias críticas e ajustes necessários na trajetória dos profissionais que vêm se formando e atuando na área, segundo o especialista. Dessa forma, ele acabou introduzindo o projeto social dentro da experiência prática dos seus alunos no curso de Harmonização Facial do seu instituto, que contará a partir da próxima turma com a parceria com a Medbeauty, hub de resultados inovadores em Welltech que fornecerá os fios de PDO usados nos procedimentos.

Os alunos participam do projeto inteiro, desde a avaliação, escutando a história do paciente, e debatendo o que é necessário ou não para tornar aquele rosto mais feminino ou mais masculino. “Acabamos trazendo esses alunos para dentro do curso e ainda conseguimos contribuir de alguma forma com a comunidade LGBTQIA+, dando espaço e oportunidades para pessoas que, provavelmente, não teriam condições por contra própria de buscar a harmonização facial, por exemplo“, explica Gabriel.

O curso é pago pelos alunos e a gratuidade é aplicada apenas aos modelos trans. Há outras oportunidades para pessoas que queiram servir de modelo nas aulas práticas, mas nesse caso, elas devem custear o material do procedimento.

Atualmente, o projeto acontece apenas no Rio de Janeiro, mas Gabriel pretende expandir, junto da parceira Medbeauty, para outros estados brasileiros. Além disso, há planos de aplicar o mesmo raciocínio contemplando transexuais para a harmonização corporal e até na região íntima. Vale dizer que hoje o instituto possui uma fila de espera de cerca de  100 pessoas que se candidataram ao procedimento facial dentro do projeto “Olhos da Alma“. 

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