Elliot Page lançou sua autobiografia "Pageboy: Uma Memória" na última terça-feira (6) e que tem impressionado o público com os detalhes sobre sua vida sentimental e até mesmo casos de LGBTfobia que sofreu em seus 36 anos de vida. O ator, que se assumiu como um homem trans há pouco mais de dois anos, contou que teve um romance secreto com a atriz Kate Mara, na época em que estava no filme "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido", em 2014.
Na época, Kate namorava o ator britânico Max Minghella e Elliot confessa que ficou apaixonado pela atriz. Ele revela que a atriz recebeu o apoio do namorado para explorar este outro lado de seus sentimentos e que ela ficou impressionada como poderia amar duas pessoas ao mesmo tempo.
“Isso foi logo depois que eu me assumi como lésbica (na época) e foi um momento de exploração e também de desgosto”, disse Page. “Acho que meu relacionamento, ou como você quiser chamá-lo com Kate, encapsula muito uma certa dinâmica em que eu sempre me encontrei, que era me apaixonar por pessoas que - acho que muitos de nós fazemos isso - que não estão totalmente disponíveis", comentou em entrevista à revista People.
O artista trans também lembrou que, nesse mesmo ano, quando ainda se identificava como mulher, revelou ao mundo ser lésbica e um ator famoso fez pouco caso da situação, começou a agredi-lo verbalmente com afirmações machistas e lesbofóbicas.
"Ele dizia 'você não é lésbica. Isso não existe! Você só tem medo dos homens. Vou foder você para fazer você perceber que não é lésbica”. Dias depois, eles se viram novamente na academia e ator tentou se defender: “Eu não tenho problemas com gays, eu juro”.
Elliot explica que preferiu omitir o nome desse famoso para não dar palco para LGBTfóbico, mas descreveu muito bem a cena para que o ator saiba que é sobre ele.
Outro momento icônico da vida de Page descrito na autobiografia foi um namoro secreto de dois anos que teve com uma atriz, que ele também preferiu não revelar o nome e a chamou apenas de "Ryan". Nessa história, os dois fingiam serem amigos o tempo todo, davam as mãos escondidos nos bastidores do set de filmagem e fingiam-se de grandes amigos. Chegaram a serem perseguidos por paparazzi e optavam por saírem por portas distintas dos hotéis, além de nem se olharem durante as festas.
“Em última análise, acho que ela me amava. Nós nos amávamos e isso era muito real em nossa bolha. Foi fantástico. Sabe, foi muito bonito. Eu a admirava e como ela me inspirou de várias maneiras. Mas sentir-se escondido era muito doloroso. Isso era impossível e não era um relacionamento sustentável. E isso me ensinou que eu não faria isso de novo", completou à People.
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