André Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha em Orlando
Reprodução/Instagram - 05.06.2023
André Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha em Orlando

O pastor André Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos, publicou uma postagem nas redes sociais que dizia: “Deus odeia o orgulho”, referindo-se à comunidade LGBTQIA+. As letras estavam pintadas com o arco-íris.

“Considero que hoje é o mês que Deus mais repugna na humanidade”, acrescentou na legenda. A publicação se atrela a uma agenda anti-LGBTQIA+ defendida pelo religioso e coincide com o mês de junho, dedicado às reivindicações de direitos e respeito à diversidade sexual e de gênero.

“A tendência de quem peca é se esconder e não ‘sair do armário’, porque pecado gera falta de paz e medo das consequências”, alegou Valadão.

Essa não é a primeira vez que Valadão se manifesta de forma incisiva contra a comunidade. “Olha como o Espírito Santo trata a promiscuidade”, disse em uma pregação. “Hoje você vê um debate de um homem que se sente mulher [e quer] competir em competições femininas. Eu vi esses dias um vídeo uma manifestação na Europa de pessoas que se sentem cachorros, de quatro, latindo na rua.”

André Valadão ganhou destaque durante a campanha eleitoral de 2022, demonstrando apoio à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Em reação, a deputada federal Erika Hilton (Psol) apresentou notícia-crime ao Ministério Público de Minas Gerais após a fala do pastor. Se comprovada a LGBTFobia, o pastor pode ser condenado em até 7 anos e 6 meses, diante da nova causa de aumento de pena quando ocorrer “em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação.” (Lei 7.716/89 c/c Lei 14.532/2023). 

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