Um casal homoafetivo brasileiro afirma ter sido espancado por seguranças em um bar em Lisboa, Portugal, no início da semana passada, e acusa os agressores de LGBTfobia . O alagoano Jefferson Gomes Tenório afirmou ter vivido cenas de horror com o seu namorado, o cearense Luís Almeida. Após as agressões, o casal resolveu deixar a cidade por medo de perseguições.
"Quando viemos para cá achávamos que íamos desfrutar de segurança e respeito. Tudo isso foi muito traumático, quem era para nos proteger não estava fazendo o serviço deles. Toda a situação nos deixou muito inseguros, nem em Lisboa nós estamos mais. Saímos de lá pois são visíveis as marcas de agressões que nós sofremos", disse Jefferson ao G1.
A confusão teria começado quando Luís voltar ao bar, que estava sendo fechado, para ir ao banheiro.
"O meu companheiro, que já estava do lado de fora, foi à minha procura, mas foi impedido de entrar", disse Luís no vídeo. "Ele [Jefferson] começou a ser empurrado por três seguranças e chegou a receber um soco no rosto. Uma prima estava lá e nós dois fomos agredidos ao tentar defender ele".
Jefferson afirmou que ao tentar proteger o namorado, acabou virando alvo das agressões.
"Vi ele sendo agredido sem ter feito nada, então fui em sua defesa tentando apartar, mas fui agredido. Revoltado com as agressões, joguei uma pedra na frente do local, quebrando um vidro. Neste momento, o foco das agressões foram para mim", contou o alagoano que ainda diz ter sido "afogado no rio Tejo, torturado e agredido".
"Começou então uma cena de horror [...] A todo momento eles gritavam que iam me matar. Só pararam quando a polícia chegou."
O bar onde a confusão teria ocorrido é o Titanic Sur Mer. Nas redes sociais, o estabelecimento publicou uma nota informando que "já comunicou a ocorrência à polícia".
"O Titanic [...] vai envidar todos os esforços para que este tipo de situação, que consideramos ser de extrema gravidade, não se volte a verificar [...] O Titanic tem as filmagens das câmeras [de] dentro do espaço e na zona da esplanada onde ocorreram estes incidentes, e vai fazer o seu papel para apurar responsáveis. Condenamos todo e qualquer tipo de violência."
Na nota o bar ainda afirmou que é "um espaço de celebração, festa, unidade e pluralidade" e que promove "várias festas [...] ao próprio movimento LGBTQI+, incluindo várias no nosso futuro".
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