Morreu neste sábado (22), em São Paulo, Andre Luiz Cagni, mais conhecido como Andre Pomba.
Jornalista, produtor cultural, DJ e ativista, Pomba estava com 59 anos e enfrentava um câncer no estômago há um ano e estava internado no Hospital Santa Maggiore, na Santa Cecília.
Há um mês, o irmão do DJ, Renato Cagni, abriu uma vaquinha virtual para ajudar custear o tratamento e mudanças na estrutura da casa de Pomba.
Em um ano, Pomba havia perdido 30kg e só conseguia se alimentar por meio de sonda, precisando de alimentação especial. A vaquinha (que chegou a arrecadar R$ 68 mil), também incluía a contratação de uma pessoa cuidadora e a compra de uma cama de modelo hospitalar, dentre outros objetos.
Pomba foi baixista da banda de rock Vodu, produtor da banda Viper e lançou a revista Dynamite. Nos anos 1990, foi sócio do Dynamite Pub. E no final da década de 90, criou a festa Grind, que recuperava hits do pop, rock e tecnopop dos anos 80. A festa transformou-se no clube A Lôca, na rua Frei Caneca, nacionalmente conhecido.
A Grind foi durante vários anos a principal noite LGBT+ do domingo da cidade de São Paulo e reunia gays, lésbicas, héteros e celebridades.
Em 2014, Pomba chegou a se candidatar a vereador em São Paulo pelo Partido Verde (PV). Além disso, ele já foi conselheiro municipal LGBT e coordenador do Centro de Cidadania LGBTI Zona Norte.
Neste domingo (23) ele foi cremado no cemitério da Vila Mariana. Amigos e artistas lamentaram sua morte, pois ele teve enorme importância dentro do cenário underground nacional. No seu clube, muitos artistas LGBT+ surgiram porque tinham a oportunidade de mostrarem sua arte, seja dentro da performance ou como DJ.
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