Lembrado como a primeira vítima de LGBTfobia no Brasil, Tibira foi executado com um tiro de canhão entre 1613 e 1614 por ser considerado
Reprodução/Instagram/Colagem iG Queer - 20.04.2023
Lembrado como a primeira vítima de LGBTfobia no Brasil, Tibira foi executado com um tiro de canhão entre 1613 e 1614 por ser considerado "sodomita" pela Igreja Católica

As deputadas federais Célia Xakriabá (Psol-MG) e Erika Hilton (Psol-SP) anunciaram, na quarta (19), Dia Nacional dos Povos Indígenas , que protocolaram um Projeto de Lei que propõe a inclusão do nome de Tibira do Maranhão no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Lembrado como a primeira vítima de LGBTfobia no Brasil, Tibira foi executado com um tiro de canhão entre 1613 e 1614 por ser considerado "sodomita" pela Igreja Católica. Tibira foi perseguido pelos franceses, em período que eles dominavam o Maranhão, a pedido do frei capuchinho Yvres D'Evreux.

"Hoje, então, se faz necessário de reconhecer o heroísmo de Tibira do Maranhão, ao ousar ser quem se era e por defender seu território, incluindo seu nome no livro dos heróis nacionais brasileiros", anunciaram as deputadas nas redes sociais.

O relato que marca o apagamento histórico das diversidades sexuais e de gênero no Brasil foi resgatado pelo sociólogo e antropólogo Luiz Mott em sua publicação “São Tibira do Maranhão — Índio Gay Mártir”, de 2014.

Para o Coletivo TYBYRA , formado por indígenas LGBTQIAP+ que homenageia o ancestral em seu nome, a proposta das deputadas é um marco na história do Brasil, pois reconhece a "luta de todas as pessoas LGBTI+ e dos povos indígenas que enfrentam diariamente o preconceito e a discriminação", afirmaram. 

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