Grupo de lutadores do Ohio Valley MMA. O proprietário da academia, Johnny Haught, demostrou apoio à arte drag após evento ser ameaçado
Reprodução/Instagram 02.03.2023
Grupo de lutadores do Ohio Valley MMA. O proprietário da academia, Johnny Haught, demostrou apoio à arte drag após evento ser ameaçado


No início deste mês um evento "drag brunch" em West Virgínia, nos Estados Unidos, foi cancelado após ter recebido ameaças de movimentos violentos anti-drag.  Em resposta à represália, o proprietário do Ohio Valley MMA, academia da modalidade esportiva, Johnny Haught, demonstrou apoio às drags.

Em uma postagem no Facebook, o lutador ofereceu seus serviços, e de seus colegas boxeadores, em defesa dos artistas: “Tenho certeza de que podemos garantir que o evento permaneça seguro.”

O proprietário do Ohio Valley MMA, Johnny Haught
Reprodução/Instagram 02.03.2023
O proprietário do Ohio Valley MMA, Johnny Haught


Em entrevista à WTRF, o atleta enfatizou que drag é uma forma de arte inofensiva e que merece ser protegida.

“O show de drag não é mais ofensivo do que um show da Broadway ou um show de comédia stand-up. Em essência, é uma mistura dos dois”, defendeu Johnny. “No final das contas, é entretenimento. Não faz parte de alguma agenda oculta, como alguns querem que você acredite.”



Ele também afirmou que, embora tenha disponibilizado sua força para proteger as drags, seu foco principal é a não-violência, mas ele mandou um recado direto para os agressores. No  Facebook, ele compartilhou a entrevista, e escreveu a legenda: “Odiamos valentões por aqui.”

Após as declarações públicas de apoio, Haught afirma que recebeu uma ligação anônima em tom de ameaça em que a pessoa tentou ofendê-lo comparando-o com as drag queens. Contudo, o atleta debochou do teor da mensagem.

“Infelizmente, embora eu tenha pernas e bunda enormes, não tenho as habilidades de maquiagem para participar de um show de drag”.


Ataques às drags se intensificaram


Nos últimos anos, grupos neofascistas como o Proud Boys, organização política de extrema-direita que já se opôs publicamente contra manifestações drags, têm crescido nos EUA.

A ONG Glaad (Gay and Lesbian Alliance Against Defamation (Aliança de Gays e Lésbicas Contra Difamação, em tradução livre)) relatou que em 2022 houveram  141 casos de violência anti-drag contra artistas e clientes que assistiam às performances. Os casos incluem desde violência física até o lançamento de coquetéis molotov em empresas que aceitam drags.




Agora você pode acompanhar o iG Queer também no Telegram!  Clique aqui para entrar no grupo. Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!