Vereadores do pequeno município de Świdnik, na Polônia, promoveram uma sessão na Câmara Municipal, em março de 2019, para anunciar a adoção de uma posição contra a comunidade LGBTQIA+ chamada de "a cidade de Świdnik livre da ideologia LGBT". Contudo, os parlamentares voltaram atrás depois de não receberem uma verba 40 milhões de zlotis, o equivalente a R$ 49,6 milhões, de fundos noruegueses.
O evento realizado três anos antes foi encabeçado pelo grupo de aliados do prefeito, Waldemar Jakson, e, na época, onze vereadores votaram a favor, seis contra e três se abstiveram. No discurso proferido na tribuna, o líder do grupo informou que LGBTs trazem problemas exagerados e conflitos.
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"Pelo bem da vida, da família e da liberdade, declaramos que o governo que representamos - de acordo com nossa cultura secular de vida social - não interferirá na esfera privada da vida de mulheres e homens poloneses. Não permitiremos problemas exagerados e conflitos artificiais trazidos pela ideologia sejam impostos a nós LGBT", afirmou na época.
Os conselheiros do grupo de oposição na Câmara tentaram quatro vezes votar pela revogação do documento, mas não obtiveram sucesso. Assim, em setembro de 2019, foi feito um ajuste nos termos e foram removidas, por exemplo, as palavras "ideologia LGBT". Ao mesmo tempo, afirmou-se que o conselho apoia “o cuidado com o desenvolvimento moral da geração jovem, a instituição da família e a escola baseada nos valores cristãos”. Ainda acrescentou que é necessário “proteger as escolas e as famílias”.
De acordo com site polonês Wiadomosci Gazeta, Andrzej Krupa, presidente do grupo aliado ao prefeito, apresentou um novo projeto em dezembro de 2022 de posição "sobre a proteção dos direitos e liberdades fundamentais", que os vereadores adotaram por aclamação.
"A Câmara Municipal de Świdnik declara que a dignidade de cada ser humano é um valor inalienável e está sujeito a proteção especial, e se opõe a todas as formas de discriminação com base no sexo, raça, origem étnica, nacionalidade, religião, denominação, crença, deficiência, idade ou orientação sexual", dizia o documento.
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