A pansexualidade pode ser caracterizada pela atração por outras pessoas independentemente da identidade de gênero delas. Ainda existe uma ampla discussão acerca da diferença entre pansexualidade e bissexualidade, mas não há consenso até o momento. A ficção, por sua vez, encarregou-se de retratar personagens pansexuais , desde as séries até os quadrinhos.
O iG Queer separou alguns exemplos que se destacam com relação à popularidade e à forma como conquistaram a simpatia e o apreço do público, além, é claro, de levantarem debates importantes sobre representatividade.
Klaus Hargreeves, de “The Umbrella Academy”
Durante a terceira temporada da série Netflix, Klaus aprende mais sobre si mesmo do que sobre os próprio poderes. Além de não-binário, sendo referido por “he/they” (ele/delu), ele é pansexual, como confirmou o ator que o interpreta, Robert Sheehan. Nos quadrinhos originais de Gerard Way, Klaus não é explicitamente pan, mas o personagem mudou para melhor na adaptação. Com roupas que desafiam os padrões de gênero e uma jornada de autoconhecimento muito importante, Klaus é com certeza um dos personagens mais queridos da série.
David Rose, de “Schitt’s Creek”
Durante a primeira temporada da série, David explica a própria sexualidade para Stevie, que pensava que Rose se atraía apenas por homens. Usando uma metáfora, David usa o vinho para explicar que gosta da bebida “e não do rótulo” – inclusive, o termo pansexual chega a aparecer no episódio.
Capitão Jack Harkness, de “Doctor Who” e “Torchwood”
O personagem é tão amado que além da aparição em ‘Doctor Who’, ele ganhou o próprio spin-off (‘Torchwood’). Ele é um herói de ação promíscuo e não convencional que não se importa muito com o gênero de quem está flertando, o que faz de Harkness um dos primeiros personagens indiscutivelmente LGBTQ+ da série.
Lúcifer Morningstar e Mazikeen, de “Lúcifer”
Baseado nos personagens da DC Comics, Lúcifer desvenda crimes em Los Angeles, junto com a detetive Chloe Decker, por quem ele se apaixona aos poucos. Vivendo com ele está o amigo Mazikeen e nenhum dos dois mostra muitas preferências com relação às pessoas por quem se atraem.
Wade Wilson, de “Deadpool” (Marvel Comics)
Deadpool é um anti-herói com poderes mutantes de regeneração e capacidades sobre-humanas. A confirmação da pansexualidade do personagem já foi rescindida, mas descrita como “qualquer inclinação sexual que seu cérebro lhe diga que ele está naquele momento” pelo cocriador Fabian Nicieza no Twitter.
O retrato em live action do Deadpool, interpretado por Ryan Reynolds, flerta com o personagem Colossus, enquanto o Wade dos quadrinhos é bem conhecido pela queda – ou penhasco – que tem pelo Homem-Aranha. Os dois, inclusive, são um casal muito shippado pelos fãs.
Crowley, de "Supernatural”
O Rei do Inferno está entre os personagens mais amados da série e deixou sua marca registrada quando apareceu selando um acordo demoníaco com um empresário homofóbico por meio de um beijo. A orientação sexual dele é muitas vezes descrita como “complicada”, mas o ator que o interpreta, Mark Sheppard, confirmou que Crowley é “mais pansexual do que qualquer outra coisa”.
Jadzia Dax, de “Star Trek: Deep Space Nine”
‘Star Trek’ apresenta alguns pioneirismos no quesito de representatividade desde que foi ao ar pela primeira vez, em 1966. O personagem preferido de muitos fãs de ‘Star Trek: Deep Space Nine’, um simbionte de gênero fluido do Trill que habita o corpo da personagem feminina Jadzia, foi confirmado como pansexual pela atriz Terry Farrell, segundo o ‘The Mary Sue’.
Loki, da Marvel Comics
E é claro que ele não poderia ficar de fora. Além de gênero-fluido nos quadrinhos originais, Loki abre debates sobre sexualidade. Alguns o definem como bissexual, já outros acreditam que ele seja pan. Em uma história de Young Avengers de 2014, o personagem explica que a orientação sexual é diferente em Asgard em comparação à Terra, e não é tão restritiva. Os escritores de quadrinhos Mackenzie Lee e Al Ewing já confirmaram que Loki é LGBTQIAP+, mas discordam se ele é bissexual ou pansexual.
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