![Mesmo que sejam explicitamente LGBT nos quadrinhos, o cinema deixou tais aspectos de lado Mesmo que sejam explicitamente LGBT nos quadrinhos, o cinema deixou tais aspectos de lado](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/3d/9j/pr/3d9jprk5sl86xvy3mhc7c5ale.jpg)
Embora algumas obras apresentem ao público personagens LGBTQIAP+, uma vez que sejam adaptadas para o cinema, as produções podem pecar ao deixar tais questões subdesenvolvidas ou simplesmente não abordá-las. Esse é um fenômeno que acomete principalmente os personagens de HQs de super-heróis. Nos filmes, não é comum vermos a sexualidade sendo abordada ou, ao menos, explicitada.
Em vista disso, o iG Queer separou alguns exemplos de personagens cuja orientação sexual foi negligenciada durante as adaptações para comparar a diferença de abordagem entre a tela de cinema e a obra original – no caso a HQ. É importante relembrar estes aspetos da vida dos personagens justamente para valorizar a diversidade e ressaltar a importância de tê-la presente.
Ayo e Aneka (Marvel)
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Nos quadrinhos, as guerreiras que acompanham e protegem o Pantera Negra, Ayo e Aneka se apaixonam no processo. No filme, porém, a orientação sexual de Ayo, especificamente, é apagada da trama – mesmo depois dos primeiros materiais promocionais divulgados darem pistas sobre uma possível relação entre ela e a Okoye, a Dora Milaje de Danai Gurira. A Marvel afirmou que não há relação afetiva entre as duas, o que revoltou uma parcela dos fãs.
Loki (Marvel)
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Para quem conhece o personagem um pouco mais a fundo sabe que Loki é um dos elementos mais queer da Marvel. Tanto o gênero quanto a sexualidade dele são fluidas. Nas HQs, Loki já se apresentou como homem, mulher e agênero – identidade não-binária que configura a ausência de gênero. Embora a atuação de Tom Hiddleston nas adaptações para o cinema seja primorosa, esses fatores acerca do personagem, ao serem ignorados, diminuem a complexidade dele.
Victoria Hand (Marvel)
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Interpretada pela atriz Saffron Burrows durante a primeira temporada da série “Agentes da S.H.I.E.L.D”, a personagem despertou duas insatisfações nos fãs. A primeira é que ela morreu na adaptação sem ter todas as capacidades exploradas, e a segunda é que a sexualidade dela foi totalmente deixada de lado, sendo que nos quadrinhos Victoria é abertamente bissexual.
Constantine (DC)
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Saindo da Marvel e indo para a DC, John Constantine já teve duas adaptações para live action, mas nenhuma delas explorou a bissexualidade do personagem. Ele não tem muitas “barreiras morais” nas HQs, e até parecia que a finada série da NBC relacionada ao Constantine poderia em algum momento trazer isso à tona, mas não aconteceu.
Electro (Marvel)
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Poucas pessoas sabem, mas o personagem é bissexual. Maxwell Dillon não teve a sexualidade citada durante a adaptação, bem como outros aspectos a respeito do personagem como um todo.
Mulher-Gato (DC)
![Mulher-Gato Mulher-Gato](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/cj/t0/c2/cjt0c26gc92dqof8ohp7im2lb.jpg)
Mesmo que tenha recebido um pedido de casamento do Batman, a personagem não só é bissexual como expressa isso fortemente nos quadrinhos. Ela já teve várias adaptações para as telonas, mas nenhuma explorou este aspecto dela. A que chegou mais próxima foi Michelle Pfeiffer, em 1992.
Mística (Marvel)
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Este caso é bem semelhante ao de Loki. Ela e a personagem Sina tiveram um romance duradouro nas HQs, mesmo na época em que era literalmente proibido existir personagens LGBT em quadrinhos. Tal fator foi totalmente esquecido nos cinemas: primeiro com a Mística adulta na primeira trilogia de “X-Men”, que era visivelmente interessada no Magneto e até no Wolverine. A bissexualidade dela não chegou nem perto de ser desenvolvida.
Deadpool (Marvel)
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Nos quadrinhos, fica claro que o personagem é pansexual – se atrai por pessoas independentemente da identidade de gênero delas. Inclusive, é explícito que ele nutre uma “paixonite” por Peter Parker, o Homem-Aranha. Assim como no caso de Constantine, não há abordagem alguma sobre isso nas adaptações.
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