Um adolescente de apenas 13 anos foi agredido ao sair de um evento que celebrava o orgulho LGBTQIA+ em Great Yarmouth, no Reino Unido, enquanto estava voltando para casa com uma bandeira do arco-íris em mãos, no último sábado (3). De acordo com o site PinkNews, a polícia disse que ele foi atacado por “expressar sua sexualidade e usar uma bandeira do Orgulho”.
Além desse incidente, as autoridades da cidade também receberam denúncias de uma garota, também adolescente, que foi ofendida por um homem com comentários homofóbicos, fazendo com ela "se sentisse angustiada". A polícia acredita que os dois casos estejam ligados ao mesmo agressor.
Um homem de 20 anos foi preso suspeito de ter conexão com os incidentes e liberado sob investigação que continua em andamento. O comitê da GYWPride chamou o ato de “horrível ataque alimentado por ódio” e disse à PinkNews que tentou oferecer apoio às vítimas e tranquilizá-las de que não estão sozinhas.
“Lutaremos para tornar Great Yarmouth um lugar mais seguro para a comunidade LGBTQ”, disse GYWPride.
Bimini, uma das participantes do "Drag Race UK", que cresceu na cidade, comentou que os incidentes são “comoventes” e “nojentos”. “A homofobia ainda está acontecendo e é de partir o coração saber que essas pessoas estão sendo atacadas e não podemos permitir que isso aconteça”, disse Bimini à BBC.
Segundo a GYWPride, os incidentes não são isolados e esse tipo de agressão é relativamente comum, mas as pessoas LGBTQIA+ não se sentem confortáveis em fazer denúncias à polícia por se sentirem sempre desacreditadas.
“Decidimos lutar contra os comportamentos lgbtfóbicos de alguns membros da comunidade, garantindo que a polícia local ouça as preocupações da comunidade”, disse um porta-voz. “Colocamos uma pequena pesquisa em nosso site para coletar evidências de ódio dentro do bairro/cidade. Desde então, a comunidade apresentou vários relatos de abuso verbal e físico e o fato de sentirem que denunciar à polícia é uma perda de tempo, pois sentem que não são levados a sério”.
No Brasil, a lgbtfobia pode ser enquadrada como crime de racismo, previsto na Lei 7.716/89, que foi elaborada para regulamentar a punição de crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
"Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena é de reclusão de um a três anos e multa", como diz o Artigo 20.
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