O Grindr, o aplicativo de namoro e encontros mais popular na comunidade LGBTQ+, concordou em abrir o capital por meio de uma fusão com a Tiga Acquisition, uma sociedade de propósito específico (SPAC na sigla em inglês), em acordo que avalia a empresa combinada em US$ 2,1 bilhões, incluindo dívidas.
A combinação de negócios fornecerá ao Grindr cerca de US$ 384 milhões, o que a empresa usará para pagar dívidas e fortalecer seu balanço patrimonial.
O Grindr, com sede em West Hollywood, na Califórnia, foi abordado por meia dúzia de SPACs antes de entrar no acordo com a Tiga, disse o diretor financeiro Gary Hsueh em entrevista.
“Do nosso ponto de vista, estamos prontos para ser uma empresa pública”, disse ele. A rota por um SPAC em vez de uma oferta pública inicial tradicional “fazia mais sentido porque tinha certeza e isso é ainda mais importante hoje do que há um ano, quando o mercado era diferente”.
Nova reviravolta societária
A listagem é um grande passo à frente para a empresa de 13 anos, que teve vários proprietários ao longo dos anos. A chinesa Beijing Kunlun Tech vendeu a empresa para a San Vicente Acquisition Partners por US$ 600 milhões em 2020, depois que os reguladores dos EUA pediram uma alienação devido a preocupações com títulos nacionais.
Enquanto rivais como Tinder e Bumble, da Match Group, são amigáveis para LGBTQ+, o Grindr é o mais popular entre os membros da comunidade. O aplicativo tem cerca de 11 milhões de usuários ativos mensais, uma fração dos 100 milhões de usuários nos aplicativos da Match, como Tinder e Hinge.
A concorrente Bumble teve 40 milhões de usuários mensais no ano passado, de acordo com registros da empresa. Perto de 80% dos usuários do Grindr têm menos de 35 anos.