O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, foi reeleito no país no último domingo (3). No entanto, um referendo de Orbán que visava proibir que pessoas menores de idade fossem expostas a conteúdos que "promovam a homossexualidade" ou a "mudança de sexo" não teve votos suficientes para ser validado.
Entre as agendas defendidas por Orbán está o "combate à ideologia LGBT", e o primeiro-ministro promoveu diversas legislações que cerceiam o direito à comunidade LGBT. Cerca de 1,6 milhão de votos foram recebidos, mas estima-se que menos da metade dos eleitos votaram em cédulas válidas, segundo a Bloomberg.
Isso significa que o governo húngaro não é obrigado a adotar a lei. No entanto, isso não significa que o país está ileso de fazer com que a lei passe no futuro. O primeiro-ministro tem maioria no parlamento, o que assusta ativistas LGBTs húngaros.
Orbán afirmou em diversas ocasiões o repúdio em relação à comunidade LGBTQIA+ , chegando a afirmar que a "ideologia LGBT" é "mais perigosa que o comunismo", além de ser "o mal do século 21".
Apesar da lei que proibiria conteúdos LGBTQIA+ par menores de idade não ter sido validada, o país aprovou no fim do ano passado uma lei que considera a homossexualidade e a transexualidade um crime equiparado à pedofilia.
A União Europeia já emitiu um alerta ao país e afirmou que, caso Orbán continue com leis que visem perseguir e cercear direitos de LGBTs, o país pode enfrentar sanções econômicas ou ser expulso do bloco.