Por fazerem alusão à comunidade LGBTQIA+, bandeiras arco-íris podem ser tiradas de torcedores no Qatar durante Copa do Mundo
Filmbetrachter/Pixabay
Por fazerem alusão à comunidade LGBTQIA+, bandeiras arco-íris podem ser tiradas de torcedores no Qatar durante Copa do Mundo

Uma pessoa responsável pela segurança durante a Copa do Mundo no Qatar , prevista para acontecer entre novembro e dezembro deste ano, afirmou que bandeiras com arco-íris, usadas para representar a comunidade LGBTQIA+ , podem ser confiscadas durante jogos. O intuito seria "proteger" população local de ser "insultada".

A decisão também seria para evitar que haja algum tipo de "promoção" de direitos LGBTQIA+ durante os jogos. A Fifa e a organização da Copa do Mundo chegaram a afirmar previamente que as bandeiras LGBTQIA+ não seria proibidas.

Apesar da decisão, o major general Abdulaziz Abdullah Al Ansari afirmou à Associated Press que o país vai aceitar que casais LGBTQIA+ no país para assistir os jogos. No entanto, a homossexualidade e o casamento entre pessoas do mesmo gênero é proibido na região.

"Se um fã levantar a bandeira e eu tirar dele não é porque eu quero ofendê-lo, mas protegê-lo. Não tem a ver comigo, mas outra pessoa próxima pode atacá-lo. Não posso garantir o comportamento de outras pessoas, e vou dizer a ele: 'Por favor, não levante a bandeira neste ponto'", explicou Ansari.

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"Se quiser demonstrar sua visão sobre a situação [LGBT], demonstre isso em uma sociedade em que é aceito. Da forma como vemos, esse homem comproiu o ingresso para vir assistir ao jogo, não para fazer um ato político ou dizer o que pensa. Assista o jogo. Isso é bom. Mas não venha insultar toda sociedade por causa disso", acrescentou.

O major voltou a falar sobre a comunidade LGBTQIA+ no Qatar durante a Copa. "Reservem um quarto juntos, durmam juntos, não é algo com o que nos preocupamos. Estamos aqui para organizar a Copa Não vamos ir além do que é pessoal e pode acontecer entre essas pessoas. Esse é o conceito, na verdade. Aqui não podemos mudar as leis. Você não pode mudar a religião por 28 dias de Copa do Mundo", prosseguiu.

Perguntado se não via razão para que fãs da Copa pudessem se sentir ofendidos, Ansari afirmou que não está cometendo uma ação discriminatória. "Estou arriscando uma visão de uma inoria contra uma maioria. Nós precisamos verificar de perto problema antes que ele exploda e saia do controle. Se alguém te atacar, então eu vou ter que me envolver e será tarde demais".

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