O texto do projeto diz que as terapias de conversão são prejudiciais para a sociedade
Toni Reed/Unsplash
O texto do projeto diz que as terapias de conversão são prejudiciais para a sociedade

O governo canadense proibiu e tornou crime a prática de conversão na última quarta-feira, 8. Esse procedimento consiste em um tipo de terapia que afirma ser capaz de mudar a sexualidade e a identidade de gênero de alguém. A lei está prevista para entrar em vigor em janeiro de 2022. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau comentou sobre a decisão nas redes sociais: “É oficial: a legislação do nosso governo que proíbe a prática desprezível e degradante da terapia de conversão recebeu o consentimento real - o que significa que agora é lei. LGBTQ canadenses, sempre defenderemos vocês e seus direitos”.

A lei define a terapia de conversão como qualquer tipo de procedimento que tenha como objetivo reprimir a orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero de um indivíduo. Essas práticas incluem: técnicas comportamentais e cognitivo-comportamentais, psicanalíticas e abordagens médicas, espirituais e religiosas. Tais abordagens são popularmente conhecidas no Brasil como “cura gay” e foram desacreditadas pelas principais associações médicas em vários países, incluindo os Estados Unidos, por exemplo, bem como as Nações Unidas, Organização Mundial da Saúde e pela Anistia Internacional.

De acordo com um levantamento recente da Community-Based Research Center, Até um a cada 10 LGBTQs passaram por alguma prática de conversão, e entre eles, 72% começaram antes dos 20 anos de idade. O texto do projeto de lei declara que essas técnicas prejudicam a sociedade, pois “se baseia e propaga mitos e estereótipos sobre orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero, incluindo o mito de que heterossexualidade, identidade de gênero cisgênero e expressão de gênero conforme o sexo atribuído a uma pessoa ao nascer deve ter preferência sobre outras orientações sexuais, identidades de gênero e expressões de gênero”.

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