Representatividade LGBTQI+ é um tema que cada vez mais tem surgido no cenário político. Mesmo com uma discriminação estrutural ao redor do mundo, políticos relevantes têm sido eleitos com pautas de diversidade. Veja a lista que o iG Queer apurou em uma lista dos políticos da comunidade LGBTQI nos cargos políticos mais alto ao redor do mundo.
Em 2009, a Islândia elegeu a ex-aeromoça e líder sindical Johanna Sigurdardottir como primeira-ministra. A eleição foi histórica, visto que ela foi a primeira chefe de Estado abertamente lésbica no mundo. No ano seguinte, a Islândia aprovou uma lei permitindo casamento entre pessoas do mesmo sexo, e Sigurdardottir casou-se com a parceira, com quem vivia desde os anos 1980.
O segundo político assumidamente gay a virar chefe de Estado no mundo foi o ex-premiê da Bélgica, Elio Di Rupo, que governou o país entre 2011 e 2014.
Atualmente, o único chefe de Estado gay na União Europeia é o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel. Ele chegou ao cargo em 2013 e foi reeleito. Mesmo com pouca representatividade, o continente europeu é considerado o mais seguro para LGBTS , a partir de levantamentos internacionais.
Nos Estados Unidos, Kate Brown é a governadora do estado de Oregon, é uma mulher assumidamente bissexual, e foi eleita em 2015. Ela foi a primeira LGBT eleita governadora estadual. A política fez história várias vezes por meio de seu sucesso eleitoral.
Já Jared Polis foi o primeiro governador do estado do Colorado a ser eleito, em 2018, mesmo sendo assumidamente gay. Ele também fez história ao se tornar o primeiro político a se casar com o companheiro durante um mandato. O governador trocou alianças Marlon Reis nesta quarta-feira (15) depois de mais de 18 anos de relacionamento. O casamento foi uma cerimônia judaica tradicional que aconteceu ao ar livre, e todos os convidados tiveram que apresentar teste negativo para Covid-19, de acordo com um comunicado do governo.
Pete Buttigieg chegou a se candidatar a presidente dos EUA e foi o primeiro candidato democrata assumidamente gay a entrar na disputa pelo cargo. Em 2020, foi nomeado como secretário de transportes do governo de Joe Biden e a nomeação dele foi confirmada pelo Senado fevereiro de 2021, tornando-o o mais jovem e o primeiro secretário de gabinete abertamente gay da história americana.
América Latina
Na parte de baixo da linha do Equador, o número de políticos eleitos para altos cargos ainda é bem baixo, mas não menos importante. A cidade de Bogotá, na Colômbia, elegeu Claudia López como prefeita em 2019 e ela é abertamente lésbica. Além deste cargo, ela também já foi senadora do país e candidata a vice-presidente nas eleições presidenciais de 2018 para o partido da Aliança Verde.
No Brasil, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leito, eleito em 2019, se assumiu homossexual durante uma entrevista ao programa "Conversa com Bial". Durante o programa, o político também confessou que tem pretensões de disputar as prévias do PSDB para concorrer à Presidência.
“Nesse Brasil, com pouca integridade nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que se fique claro e não se tenha nada a esconder. Eu sou gay, eu sou gay. E sou um governador gay, não sou um gay governador, tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um negro presidente, foi um presidente negro. E tenho orgulho disso. Não trouxe esse assunto, mas nunca neguei ser quem eu sou. Nunca criei um personagem, eu não tentei fazer as pessoas acreditarem em algo diferente. E tenho orgulho justamente dessa integridade”, disse na entrevista veiculada em julho de 2021.
Gustavo Melella, governador da província de Tierra del Fuego, na Argentina, e assumiu o cargo em dezembro de 2019. Anteriormente, ele também foi prefeito de Río Grande de 2011 a 2019. Ele é o primeiro homossexual assumido governador de uma província argentina e abriu o jogo em uma entrevista de rádio em 18 de junho de 2019, quando revelou que está em um relacionamento com outro homem há 16 anos.