Eduardo Príncipe de Lira Rocha, um homem trans, foi contratado para começar a trabalhar nesta segunda-feira (12), em Petrolina, no interior de Pernambuco, porém foi surpreendido no domingo com uma mensagem do seu futuro empregador alegando que tinha voltado atrás na contratação. A justificativa foi que “as cotas para pessoas diferentes” já estavam preenchidas.
Em suas redes sociais, Eduardo repercutiu o caso com prints da conversa com o empregador, que disse que a vaga era destinada a alguém do sexo masculino. Nas mensagens, ele afirma que não percebeu que Eduardo é trans. “De minha parte, não segui o roteiro correto das entrevistas e não o identificou na primeira hora”, escreveu.
No final da mensagem, o empregador conta que só tomou ciência da sua “condição” depois de contratá-lo e diz ainda que “não tem nada contra”. Eduardo enviou uma cópia da sua certidão de nascimento, e o documento o reconhece como alguém do sexo masculino, mas não foi suficiente.
Em suas redes sociais, ele desabafou: “Eu não tenho de onde tirar o aluguel do mês que vem. Não tenho, até o momento, uma previsão de como vou pagar as contas dos próximos meses. Eu sei que tá todo mundo fodido, lascado. Mas essa situação me faz perguntar: até quando?”.