
Robert Francis Prevost foi escolhido para ocupar o maior cargo da Igreja Católica. O bispo norte-americano, que agora se apresenta como Leão XIV, sucede papa Francisco, que morreu em 21 de abril.
Uma dúvida da comunidade cristã é se o novo pontífice vai seguir o caminho trilhado por seu antecessor. O argentino era visto como mais "aberto" a alguns tabus religiosos, como o divórcio e a homossexualidade.
Em seu primeiro discurso no Vaticano, Leão XIV passou longe de questões polêmicas. No entanto, deu sinais que deve seguir o pontificado anterior. É o caso da palavra " sinodal ", dita por ele e que significa a continuidade.

A repórter Ilze Scamparini, correspondente da TV Globo na Itália e especialista na Igreja Católica, afirmou que Robert Prevost "é muito aberto em relação às comunidades gays e tudo aquilo que foi motivo de reforma para Francisco".
No entanto, a avaliação não é unânime. Em 2012, o próprio Sumo Pontífice deu declarações contrárias. Na ocasião, ele lamentou "que a mídia ocidental e a cultura popular fomentassem simpatia por crenças e práticas que estão em desacordo com o evangelho".
Como exemplo, Prevost citou "estilo de vida homossexual" e "famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos". As falas vão na contramão da postura adotada por Francisco, que disse "Quem sou eu para julgar?" sobre clérigos gays.

Em outra ocasião, já como nispo em Chiclayo, no Peru, ele foi contra o plano do governo de incluir ensinamentos sobre gênero nas escolas: "A promoção da ideologia de gênero é confusa, porque busca criar gêneros que não existem", disse.