A Meta, dona do Facebook, alterou os nomes de temas do Messenger e da DM do Instagram para remover referências a comunidades LGBTQIAPN+. A atualização, aplicada em janeiro de 2025, substituiu títulos como “Transgênero” e “Não-binário” por opções genéricas.
As mudanças ocorreram após a Meta adotar posicionamentos mais alinhados ao governo de Donald Trump, eleito novamente presidente dos Estados Unidos.
Entre as alterações, o tema “Orgulho” passou a se chamar “Arco-íris”, enquanto “Transgênero” foi renomeado para “Algodão doce”. Já o tema “Não-binário” recebeu o título de “Pôr do sol dourado”. Capturas de tela divulgadas por usuários mostram os novos nomes no aplicativo.
Os temas personalizados foram lançados em junho de 2022, durante ações de marketing no Mês do Orgulho. Na época, a Meta divulgou o recurso em comunicado oficial, agora removido do ar. A ferramenta permite mudar cores e animações nos chats do Messenger.
Críticos apontam que a remoção de termos LGBT+ reflete uma tentativa de invisibilizar a diversidade. A medida ocorre após a Meta flexibilizar políticas de moderação, incluindo a permissão para classificar pessoas gays e trans como “doentes mentais” nos EUA.
Além da troca nos temas, a empresa anunciou o fim do programa de checagem de fatos em território americano. Ativistas e defensores dos direitos humanos classificaram as mudanças como um retrocesso e um aceno à extrema-direita.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que as atualizações visam promover maior liberdade de expressão. “A liberdade de expressão que eles defendem é, na verdade, liberdade de opressão para invisibilizar tudo aquilo que não agrada a política de Donald Trump e da extrema-direita”, declarou o doutor em comunicação Chris Gonzatti em seu perfil no X, antigo Twitter, em resposta à mudança.
Até o momento, a Meta não se pronunciou oficialmente sobre as críticas.