O Papa Francisco pediu desculpas pelo uso de um termo homofóbico durante reunião interna com bispos na semana passada. Na ocasião, o líder da Igreja Católica declarou que "já existe bichice demais" em seminários e pediu aos religiosos que não aceitassem padres abertamente gays. A notícia ganhou as manchetes internacionais nesta segunda-feira (27).
"O Papa nunca teve a intenção de ofender ou de se expressar em termos homofóbicos e se desculpa com quem se sentiu ofendido pelo uso de um termo que foi denunciado por outros", disse, em comunicado, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.
Na nota, Bruni ainda disse que o pontífice já afirmou em várias ocasiões que "na Igreja há lugar para todos".
De acordo com informações dos jornais italianos "La Repubblica" e "Corriere della Sera", durante o diálogo realizado a portas fechadas em 20 de maio com os bispos da Conferência Episcopal Italiana, Francisco teria usado a palavra "frociaggine", um termo pejorativo que pode ser traduzido como "viadagem" ou "bichice".
A fala do Papa teria pego as pessoas presentes de surpresa. Ainda que seja líder de uma instituição religiosa que prega contra a comunidade LGBTQIAPN+, Francisco tem demonstrado esforços para levar a Igreja Católica Romana em direção a uma abordagem mais acolhedora com a comunidade.
Em 2023, por exemplo, o pontífice autorizou que fosse dada a bênção a casais homoafetivos, afirmando: "A homossexualidade não é crime". Dez anos antes, logo no início do seu papado, ele disse: "Se uma pessoa é gay e busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?".
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