A cantora e pastora Ana Paula Valadão foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a pagar uma indenização de R$ 25 mil à Aliança Nacional LGBTI , uma organização que defende os direitos da comunidade, após associar a AIDS a casais gays. Entretanto, ela não é a única da família Valadão a fazer comentários de cunho homofóbico.
A família Valadão é extremante conhecida no Brasil devido à sua forte influência no meio evangélico. Além de liderarem a Igreja Batista da Lagoinha, com a sede em Belo Horizonte, a família possui um dos mais famosos grupos de música gospel do país: o Diante do Trono.
A Igreja da família Valadão possui mais de 700 unidades, em mais de 13 países. A família é formada pelo patriarca Márcio Valadão, que liderava a instituição religiosa por mais de 50 anos, quando saiu em 2020. Ele é casado com Renata Valadão, com quem teve Ana Paula, André e Mariana.
O grupo musical liderado por Ana Paula possui mais de 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify e músicas que ultrapassam 24 milhões de streams, sendo um dos maiores sucessos evangélicos do país.
Veja alguns dos casos de homofobia feitos pela família de evangélicos:
Julgamento
A cantora gospel e pastora Ana Paula Valadão, de 47 anos, foi condenada por danos morais coletivos após fazer um discurso de teor homofóbico e contra pessoas com o vírus HIV. A evangélica deverá pagar uma multa de R$ 25 mil após associar a AIDS a casais gays.
A ação foi movida pela Aliança Nacional LGBTI, uma organização que defende os direitos da comunidade.
A declaração foi dada pela cantora em 2016, em um congresso que foi transmitido pela internet e em um canal de televisão. Na época, Ana Paula Valadão afirmou que as relações homoafetivas são anormais e associou o surgimento da HIV e da AIDS a casais gays.
A cantora disse na época: "Está aí a aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamina as mulheres, enfim… não é o ideal de Deus”.