A implantação de cotas para transexuais e travestis nas universidades e no mercado de trabalho são tema da audiência pública intitulada "Desafios para o acesso e permanência da população trans e travesti no ensino superior e no mercado de trabalho formal", da Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta quinta-feira (18).
O encontro, promovido pela primeira deputada transexual da Alerj, Dani Balbi (PCdoB), contará com a participação de Symmy Larrat, secretária nacional dos direitos da população LGBTQIA+, a primeira travesti a ocupar o cargo; Bruna Benevides, secretária de articulação política da Associação Nacional das Travestis e Transexuais (Antra), entre outros.
Para Dani Balbi, discutir o acesso da população transexual e travesti é uma urgência. "O Brasil não é o país que mais mata a população transexual e travesti à toa. Sem oportunidades, preteridos no mercado de trabalho, a população transexual e travesti acaba no mercado da prostituição. ´Precisamos de ações afirmativas", afirmou a parlamentar, que também foi a primeira professora trans da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Em seu primeiro ano de mandato, Dani apresentou o projeto de lei 214/2023, para garantir cotas para pessoas trans em universidades do Rio de Janeiro. No texto da proposta, Dani Balbi pede que 3% das vagas disponíveis na Uerj, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e na Uenf, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, sejam reservadas para pessoas transgênero.
A iniciativa tem o objetivo de garantir que haja pelo menos uma pessoa trans por curso, observados os indicadores socioeconômicos e de vulnerabilidade social e já existe nos estados da Bahia e São Paulo, desde 2019, na Universidade Federal do ABC, a pioneira no país, e na Universidade Federal da Bahia.
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