4 dicas de obras com histórias de pessoas trans para consumir em 2024

Pessoas LGBT+ nas empresas

Segundo a pesquisa Diversidade e Inclusão, realizada pela consultoria global Great Place To Work (GPTW), 92% das pessoas que ocupam cargos de chefia, direção e presidência são pessoas cis heteronormativas. Além disso, apenas 8% dos funcionários em cargos de liderança são LGBTI+ e na presidência esse número representa 6%.

gpointstudio/freepik

Obras para repensar e protagonizar as vivências trans

Os dados refletem que a população trans no Brasil não tem seu lugar de protagonismo no mundo corporativo e para começar 2024 se inteirando destes conteúdos, especialistas da Mais Diversidade, maior consultoria de diversidade e inclusão da América Latina, separou quatro indicações de obras, desde filme, livros e musicais. Confira:

Karollyne Videira Hubert/Unplash

Alice Júnior

Indicado por Gui Teixeira, analista de criação da Mais Diversidade, é um filme leve que traz outras perspectivas a transgeneridade ao colocá-la ao lado de dilemas clássicos da adolescência, com intencionalidade de fazer um filme que rompa com os estereótipos de violência tão comuns nas representações midiáticas de pessoas trans. Ainda que não deixe de mostrar como a transfobia afeta o dia a dia de uma pessoa trans, mesmo que ela tenha determinados acessos.

Reprodução/Netflix

O fato de Alice Júnior ser protagonizado por uma menina trans fora da regra, que tem apoio familiar, estuda e é de uma classe social mais elevada contribui para outras narrativas e construção de outros imaginários sociais sobre nossas vivências.

Reprodução/Netflix

Viagem solitária — memórias de um transexual 30 anos depois

Gustavo Prates, consultor de Diversidade e Inclusão da Mais Diversidade, indica o livro que conta a história de João W. Nery, o primeiro transexual masculino de que se teve notícia no Brasil. Especialmente dedicado a todas as pessoas que se reinventam para achar um lugar no mundo, narra a infância triste e confusa do menino tratado como menina, a adolescência transtornada, iniciada com a "monstruação" e o crescimento dos seios que fazia de tudo para esconder , o processo de autoafirmação e a paternidade.

Divulgação

Vozes Trans

Indicado por Lua Gabriela, analista financeiro da Mais Diversidade, é o segundo livro da série Vozes e, assim como o primeiro, se faz resistência. Um grito de liberdade de pessoas trans constantemente silenciadas, que reivindicam seu protagonismo e ampliam suas vozes pela escrita. Através de ilustrações de Lune Carvalho e quatro histórias de ficção, es autores Brenda Bernsau, Jonas Maria, Koda Gabriel e Limão narram a trajetória de personagens em busca de seus sonhos e de se verem representades. O livro conta, ainda, com posfácio de Amara Moira.

Divulgação

Musical Brenda Lee e o palácio das princesas

Melissa Cassimiro, consultora de diversidade e inclusão Mais Diversidade, compartilha o musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas, que traz um pouco da história de Brenda Lee, chamada de o “anjo da guarda das travestis”, ativista que fundou a primeira casa de apoio para pessoas com HIV/Aids, do Brasil.

Ale Catan

Ela tem uma pensão para travestis que, em sua maioria, vivem da prostituição. Apesar da realidade de violência em que vivem, dentro da casa as travestis são acolhidas por Brenda, que lhes ensina a querer mais da vida. O musical é vencedor dos prêmios Bibi Ferreira (de atriz revelação em musicais e melhor roteiro), APCA (de melhor espetáculo do ano) e Shell, para a melhor atriz Verónica Valenttino, primeira artista trans premiada na categoria.

Ale Catan

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Lau Baldo

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