1930 a 2020: um filme queer de terror para cada década

Filmes queer de terror de cada década

Muitos integrantes da comunidade queer são apaixonados pelo Halloween e tudo o que envolve a data. Neste ano, o iG Queer separou uma lista destas produções de cada década, desde 1930. Os filmes trazem novas perspectivas sobre a representação queer, desafiando normas e explorando subtextos. Prepare-se para sustos, risos e reflexões profundas.

1930 — Dracula's Daughter / A Filha de Drácula (1936)

Durante a era do Código Hays (normas de censura dos EUA) que começou em 1934, personagens queer foram reduzidos a subtextos para agradar os censores. A monstruosidade se tornou uma abreviação para “alteridade”, especialmente a alteridade queer. A vampira lésbica em “Dracula’s Daughter” é um dos primeiros exemplos deste fenômeno.

1940 — Rope / Festim Diabólico (1948)

“Festim Diabólico” (1948) de Alfred Hitchcock, é considerado o primeiro filme a representar dois homens gays nos cinemas, mas eles não verbalizam essa orientação sexual em momento algum. O diretor tenta trazer essa relação pela maneira de estabelecer a proximidade e a intimidade de ambos por meio de gestos e formas de se comunicar.

1950 — Les Diaboliques / As Diabólicas (1955)

O clássico inspirado em Hitchcock “Les Diaboliques” acompanha um esquema de assassinato: a esposa e a amante de um diretor de um internato se unem para matar seu torturador. Dizer mais seria literalmente revelar a trama, mas há muito subtexto queer ao longo do filme.

1960 — Psycho / Psicoce (1960)

“Psicose”, de Hitchcock, embora não trate explicitamente de identidade de gênero ou sexualidade, permite uma interpretação queer. Norman Bates, ao adotar uma identidade feminina, explora a fluidez de gênero. Contudo, o filme associa transgressão de gênero à loucura e violência, o que pode ser estigmatizante para pessoas trans e queer.

1970 — The Rocky Horror Picture Show (1975)

“The Rocky Horror Picture Show” é um marco do cinema queer. O filme desafia as normas de gênero e sexualidade por meio do personagem principal, Dr. Frank-N-Furter. Celebrado na comunidade queer, o filme levanta discussões sobre identidade queer.

1980 — A Nightmare on Elm Street 2: Freddy's Revenge / A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy (1987)

“A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy” é a sequência do filme de terror original de 1984. Neste filme, um adolescente chamado Jesse Walsh se muda para a antiga casa de Nancy Thompson e começa a ter pesadelos sobre Freddy Krueger. O filme é conhecido por suas subtramas homoeróticas, que foram confirmadas pelo roteirista David Chaskin.

1990 — The Craft / Jovens Bruxas (1996)

“The Craft” é um filme que retrata a história de quatro adolescentes que se envolvem com bruxaria. Embora não seja explicitamente focado na questão LGBT, o filme tem sido interpretado como uma metáfora para o despertar sexual e a aceitação da identidade própria.

2000 — Hellbent (2004)

“Hellbent” é frequentemente citado como o primeiro filme slasher gay. O enredo gira em torno de um grupo de amigos gays que ignoram o assassinato de um casal gay na noite anterior. O grupo, composto por Eddie, Joey, Chaz e Tobey, se prepara para uma noite de festas, sem saber que estão sendo perseguidos por um assassino.

2010 — Climax (2019)

“Climax” é um filme que, embora não seja explicitamente queer, pode ser interpretado como tal. O longa retrata um grupo de dançarinos que, após serem drogados, experimentam uma loucura estranha e caem num turbilhão de paranoia e psicose.

2020 — Bodies Bodies Bodies / Morte Morte Morte (2022)

“Bodies Bodies Bodies” é uma comédia de terror queer que conta a história de um grupo de jovens que planejam uma festa durante um furacão em uma mansão remota. Quando Sophie apresenta sua namorada ao seu grupo de amigos da geração z, as coisas dão errado e um jogo de “quem é o assassino” começa.

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