Brasil recebe B em estudo sobre direitos humanos LGBT+
F&M Global Barometers Annual Report Q
Brasil recebe B em estudo sobre direitos humanos LGBT+

Brasil é considerado um dos países que melhor defendem os direitos humanos dos seus cidadãos LGBTQ+, de acordo com um relatório divulgado na semana passada. O Brasil recebeu um B (de tolerante) na avaliação do “ Relatório dos Barômetros Globais da Franklin & Marshall ”, que analisa os direitos humanos LGBTQ+ ao redor do mundo anualmente e investiga as políticas e o clima de um país com a  população LGBT+. 

O relatório analisou 204 países, com base nas realidades vividas por mais de 167 mil pessoas queer entrevistadas em todo o mundo. O relatório analisou dados de 2011 a 2020 para avaliar também as mudanças que os países tiveram ao longo de uma década. 

O estudo consiste em dois barômetros separados, mas inter-relacionados: o Barômetro Global dos Direitos dos Gays (GBGR) e o Barômetro Global dos Direitos dos Transgêneros (GBTR). Como resultado, mais de metade dos países (62%), receberam um F, sendo locais considerados de “perseguição” da população gay, e 70% para a comunidade transgênero.

Para os gays, 12% dos países receberam um A, sendo locais bastante seguros para a população. Todavia, para as pessoas trans, só 5% dos países foram avaliados com nota A.

O Brasil recebeu um B em ambas as avaliações, sendo considerado um país tolerante para a comunidade. No ranking dos países, para a população gay, ele ficou em 38ª posição. E para a população trans, em 23º lugar. Em relação aos locais mais seguros, os países da Europa lideraram na pesquisa. Já para os mais perigosos, o Oriente Médio e norte da África foram os primeiros.

“Embora tenha havido um progresso notável nos direitos dos LGBT em alguns países, territórios e regiões nos últimos 10 anos, esse progresso tem sido, no máximo, irregular. Do nosso conjunto de dados de 204 países e territórios, 71 países e territórios ainda criminalizam a homossexualidade e somente 85 países e territórios permitiram o reconhecimento legal de gênero em 2020”, afirma o estudo.

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