O estudo Rainbow Homes, realizado pela NielsenIQ (NIQ), apontou que 20% dos lares que não possuem integrantes da comunidade LGBTQIA+ são contra a contratação de profissionais que não sejam cis e héteros para cargos de liderança.
Em sua terceira edição, a pesquisa revelou também que, em lares com ao menos um integrante LGBTQIA+, 95% são favoráveis, o que consiste em um aumento de 4% em comparação ao ano anterior, contra apenas 2% de contrários. Nos demais lares o resultado se manteve estável, com 63% em apoio e 15% contrários.
Para o estudo, foram ouvidos mais de 8 mil lares de todo o Brasil, selecionados por meio do programa de HomeScan da NIQ, em abril deste ano. Também foram ouvidos mais de 3.3 mil consumidores pela internet, por meio das quase 100 mil lojas parceiras da NIQ Ebit entre os dias 26 de abril e 01 de maio de 2023.
A pesquisa identificou ainda diferenças significativas no comportamento entre os integrantes de lares LGBTQIA+ e os demais, dentro e fora do ambiente online. Nas redes sociais, os participantes LGBTQIA+ apareceram mais ativos, com 86% relatando o uso do Instagram, contra 72% dos demais.
Entre os entrevistados LGBTQIA+, 72% afirmaram utilizar plataformas de streaming, em comparação a 60% dos não LGBT. A pesquisa também mostrou uma diferença de 40% a 23%, para o Twitter, e 26% a 18% para o TikTok.
Para as mídias tradicionais, as diferenças são mais acentuadas, quando se trata de televisão, rádio e jornal, os lares sem integrantes da comunidade LGBTQIA+ demonstraram um maior consumo de informações, com percentuais de 51%, 28% e 23%, respectivamente, em comparação a 35%, 16% e 15% nos lares LGBTQIA+.
Na leitura, o consumo de livros teve um consumo com diferença de 37%, entre os lares com integrantes LGBTQIA+, contra 32% dos demais.
Os “Lares Arco-Íris” também se mostraram mais conscientizados em relação à saúde e à sociedade. Os entrevistados indicaram que gastam mais em produtos que melhoram a saúde, praticam exercícios físicos regularmente e são mais seletivos ao adquirir produtos de empresas associadas a trabalho e que realizam testes em animais. Além disso, destacaram que alimentos prontos para consumo facilitam suas vidas, segundo noticiado pelo jornal O Globo.