A tiktoker baiana XEHLI G, que possui mais de 4,2 milhões de seguidores na plataforma de vídeos e quase 500 mil no Instagram, viralizou nas redes sociais ao expor os preconceitos que sofre por ser uma pessoas bissexual e demissexual: "Vi alguns comentários das pessoas duvidando da minha sexualidade".
Em três anos criando conteúdos para a internet, a tiktoker baiana nunca apareceu com um parceiro ou uma parceira. Segundo a influencer, ela não gosta de expor sua vida amorosa, o que faz com que as pessoas deixem comentários LGBTfóbicos em suas redes.
De acordo com XEHLI, já que ela não faz pública a sua vida amorosa, nem com homem, nem com mulher, os internautas duvidam da sua sexualidade. "Muitos acham que eu digo ser bissexual para conquistar o público LGBT+ e aumentar meu engajamento". A influencer afirma sentir atração por meninos e meninas, só não sente a necessidade de postar os parceiros na internet.
Segundo a influencer de 23 anos, muitas pessoas na internet não conseguem entender a bissexualidade, tornando o 'meio termo' invisível. "Para eles eu só posso ser lésbica ou heterossexual, não existe a bissexualidade".
XEHLI G comenta que, ao namorar um homem, ela provavelmente vai sofrer com o fetiche. "Ela namora comigo mas gosta de mulher, será que ela vai trazer uma amiga para ficar comigo também?", diz a influencer 'imitando' um possível namorado heterossexual. De acordo com ela, existem muitos homens que entendem a bissexualidade como fetiche.
"Se eu estou em um relacionamento com um homem, muitos ao meu redor começam a duvidar da minha bissexualidade. Eles falam 'se está namorando um homem você não é bissexual, é heterossexual'." Segundo XEHLI, não é porque você se encontra em um relacionamento, que sua sexualidade desaparece.
"Estou cansada de ouvir as pessoas me falando que a bissexualidade é só uma fase, e que não vai demorar muito para eu me descobrir, de verdade". De acordo com a tiktoker, existem muitas pessoas que acreditam que bissexualidade é sinônimo de promiscuidade. "Para mim não interessa se é homem ou mulher, o que importa é meu vínculo afetivo, devido a demisexualidade, e o meu interesse amoroso", conclui ela.
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