Richard Dreyfuss em cena de
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Richard Dreyfuss em cena de "Tubarão" (1975)

O ator norte-americano Richard Dreyfuss, que ficou famoso pelo papel Matt no clássico "Tubarão" (1975), vencedor do Oscar por "A Garota do Adeus" (1977), teceu duras críticas sobre as novas regras de diversidade e inclusão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que entrega os prêmios Oscar. Em entrevista a Margaret Hoover, ele diz que sente nojo dessa nova fase.

"Eles me dão vontade de vomitar. É uma arte. Ninguém deveria estar me dizendo como artista que devo ceder à ideia mais recente e atual do que é moralidade. O que estamos arriscando? Estamos realmente arriscando ferir os sentimentos das pessoas? Você não pode legislar isso. Você tem que deixar a vida ser vida. Sinto muito, não acho que haja uma minoria ou maioria no país que deva ser atendida dessa maneira", comentou.

Os novos critérios da Academia que entrarão em vigor em 2025 apontam que, para um filme concorrer ao Oscar de melhor filme, agora precisa ter de se encaixar em dois entre quatros diferentes pré-requisitos, entre eles diversidade no elenco de atores e atrizes.

De acordo com o jornal The Guardian, os requisitos incluem ter pelo menos um personagem principal no filme de um “grupo racial ou étnico sub-representado”, ter pelo menos 30% do elenco geral pertencente a pelo menos dois grupos sub-representados (mulheres, minorias étnicas, pessoas LGBTQ+ ou pessoas com deficiência), ou ter o tema do filme focado em um desses grupos.

Na entrevista, Dreyfuss também defendeu Laurence Olivier, um ator inglês que usava blackface na adaptação cinematográfica britânica de 1965 da peça de Shakespeare, "Otelo". 

“Laurence Olivier foi o último ator branco a interpretar 'Otelo', e ele o fez em 1965”, disse Dreyfuss. “E ele fez isso com o rosto preto. E ele interpretou um homem negro de forma brilhante".

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