Gil do Vigor, um dos mais memoráveis participantes do BBB, e abertamente um homem gay cis, utilizou suas redes sociais para criticar as falas de um infuenciador que se declara ex-gay , processo que teria ocorrido na igreja.
“Tem um menino que ele é meme na internet e, recentemente, ele voltou lá, aceitou Jesus, foi pra igreja e tudo mais”, inicou Gil no vídeo. “E ele deu algumas declarações que, pra mim, são muito sérias e muito polêmicas. Eu vim aqui falar porque, de fato, me afetou muito. Porque é uma área que me toca”.
Na sequência, o pernambucano relembrou o seu passado religioso.
“Primeiramente, você querer ir pra igreja, aceitar Jesus, vocês sabem que eu tenho uma história, sou membro da igreja, fui missionário, fiz muitas coisas. Só que ele fala que ele é ex-gay, que não sente mais atração por pessoas do mesmo sexo e que ser membro da comunidade é uma escolha. Sendo que não é”, criticou o ex-BBB.
Gil aproveitou para reforçar que a sexualidade não é uma opção: “Você não escolhe o que você sente, certo? Os seus desejos, seus impulsos, eles são algo que faz parte do seu ser, da sua constituição, do seu corpo, da sua biologia”, afirmou o influenciador, trazendo na seguida um relato pessoal.
“Eu, por exemplo, já fui missionário da igreja, já preguei, já orei, já implorei a Deus, já fiz jejum. Gente, eu já cheguei a ficar fazendo jejum durante uma semana: eu almoçava e entrava em jejum, almoçava e entrava em jejum, 24 horas sem comer e sem beber água, pedindo pra Deus me libertar porque eu não queria sentir o que eu sentia”, relatou.
“Eu já cheguei a parar no meio da rua, dobrar meu joelho e pedir: ‘Deus me liberta’. Eu passei dois anos como missionário. Eu fiz tudo o que eu fiz, obviamente, pra servir a Deus, que eu amo ainda, sempre amei, sempre servi, mas também para que ele me libertasse. Porque eu acreditava que precisava daquilo ali”, disse.
Em outra parte do vídeo, o nordestino ainda reforçou o perigo de declarações como as do influenciador e como elas podem afetar pessoas que estão sofrendo com suas orientações sexuais e identidades de gênero.
“A gente não pode passar uma mensagem pra tantos jovens gays, adultos, pessoas da comunidade que têm receio, vergonha de ser quem são e que olham pra uma pessoa dessa e fala assim: ‘Caramba, eu não sinto mais’. Essas pessoas vão acreditar, vão buscar meios, não vão conseguir e isso vai gerar uma frustração. E a gente vai estar afetando a vida de tantas pessoas”, apontou.
Gil finalizou o vídeo rebatendo, mais uma vez, as falas LGBTfóbicas que dizem respeito à "cura gay".
“Não existe uma chavezinha: hoje eu sinto atração, amanhã não sinto atração. Isso não existe, isso não é real, isso também não é brincadeira. A gente não pode sair brincando, ainda mais no país em que a gente vive, ainda mais com o convívio que a gente tem e quão sério é isso”, concluiu.
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