O país ainda vê o casamento entre homens e mulheres como o único a ser legalmente preservado
Towfiqu barbhuiya/Pexels
O país ainda vê o casamento entre homens e mulheres como o único a ser legalmente preservado

O primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, elogiou o parlamento por alcançar um “marco importante” com a nova legislação que descriminaliza o casamento entre pessoas LGBT. “O resultado em si é significativo. Estamos descriminalizando a relação entre homens – uma questão de longa data, e não apenas para os gays de Singapura”, postou Lee em seu perfil no Facebook. 

Ele disse ainda que está “muito feliz” com a aprovação do parlamento na mudança de duas leis: a revogação da Seção 377A do Código Penal da era colonial britânica, que criminalizava o sexo gay,  e a menda constitucional acerca da definição do casamento. A lei de família de Singapura reconhece apenas a união entre homens e mulheres, e a emenda pode frustrar qualquer tentativa de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo gênero no país. 

Ou seja, ainda que a vida de pessoas LGBT tenha deixado de ser passível de punição, o casamento ainda não é um direito acessível a essa comunidade. No começo de agosto desse ano, a Arquidiocese de Singapura emitiu uma declaração reiterando que se posiciona pela dignidade das pessoas LGBTQ, e ao mesmo tempo fez um apelo para manter intacta a definição de família. 

“Nossa preocupação é que o casamento entre um homem e uma mulher continue sendo a instituição da natureza que é salvaguardada e até consagrada na constituição do país como a estrutura natural da sociedade humana”, dizia o comunicado. A Arquidiocese disse também que “não busca criminalizar a [comunidade] LGBTQ, pois eles também são filhos de Deus e amados por Ele”.

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