O funkeiro Dornelles anunciou em sua conta do Instagram a promoção mais inusitado já vista na rede social: o cantor vai sortear uma noite de sexo com ele mesmo para todos os fãs, homens e mulheres, que divulgarem a música "Kama Surta Remix" nas redes sociais. Em entrevista exclusiva ao iG Queer, ele conta que a todes são bem-vindes ao sorteio e que não há uma limitação.
"Minha orientação sexual foi pauta nessa história. Estavam achando que eu fosse um hétero escroto, mas não é o caso. Recebi mensagens de fofoca sobre, mas quero deixar bem claro que eu sou bissexual e isso é algo mais pra gente se entreter, sabe? Não é assim tão a sério", comenta.
Dornelles diz que tudo começou como uma grande piada inspirada em mensagens do Twitter em que fãs de artistas pediam aos artistas para "sortear um fã pra ele comer" e, de tanto que leu isso, o cantor resolveu ser o primeiro artista a fazer tal façanha.
"A música se chama 'Kama Surta Remix', em parceria com a Danny Bond, e ela fala sobre as diversas formas de fazer sexo. E o funk, que é meu gênero musical de origem, é o melhor para falar sobre isso."
O sorteio -- que será realizado dia 21 de novembro -- ganhou o nome de "Um fã para Dornelles comer" e tem algumas regras importantes a serem seguidas: a pessoa precisa ter mais de 18 anos para participar, morar ou ter condições de ir ao Rio de Janeiro, seguir o cantor em todas as redes sociais, se inscrever no formulário e ouvir muito o single nas plataformas de streaming. Ele diz que o local da "entrega" do prêmio ainda não está definida e a pessoa ainda vai poder participar do clipe oficial.
"Tem sido um surto. Eu não esperava que fosse estourar tanto a bolha do meu público porque era uma piada interna do Twitter. Mas quando eu vi que já tinham mais de 2 mil inscrições, a piada se tornou verdade. Que bom que eu e minha equipe fizemos tudo bem feito e de forma profissional. Podemos trazer bastante retorno com essa estratégia", acredita.
Artista LGBTQIA+
Diante do sucesso repentino, Dornelles lembra das dificuldade que já passou para conseguir se reconhecido na mídia e entre o público LGBTQIA+. Ele comenta ao iG Queer que existe uma grande dificuldade de virar notícia apenas pelo próprio trabalho e esse sorteio foi uma forma estratégica de atingir mais agressivamente os meios de comunicação.
"Recebi muitas críticas de pessoas achando um absurdo a minha estratégia, mas elas não sabem que eu já vendi doce na rua para pagar minha arte, já sorteei camisa do meu clipe, já cantei na porta dos shows da Anitta... as pessoas na internet julgam sem saber a história", lamenta.
O cantor torce para que, a partir de agora, as pessoas possam conhecê-lo mais pelo seu trabalho musical e destaca que já conseguiu grandes reconhecimentos no meio artístico que precisam ser o foco de sua carreira.
"Já fiz coisas grandiosas, vou fazer mais ainda esse ano. Antes de eu virar essa pauta, já tinha 20 mil ouvintes mensais e fui premiado pela maior premiação LGBTQIAP+ do Brasil. Eu produzo, componho as minhas próprias músicas, produzo os meus próprios clipes. Eu faço de tudo, sabe? Espero que vocês me deem essa chance."