Acompanhe a evolução da representatividade LGBT em animes e mangás

Apesar do Japão ser um país bem conservador, com o passar dos anos as discussões sobre gênero e sexualidade começaram a se expandir. Os mangás, por exemplo, tiveram uma explosão de popularidade nos anos 1960, e desde então se consagraram como um mercado cultural fortíssimo. Os exemplos de temas LGBT sendo abordados nesse âmbito começam a ser datados a partir de 1970

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Rosa de Versalhes

Em 1972, foi lançado o mangá ‘Rosa de Versalhes’ – publicado no Brasil em 2019 pela JBC. Nele, a autora rompeu totalmente com os papéis de gênero da época, tirando a mulher de uma posição estruturalmente submissa. Esse foi o pontapé para que outras pautas que até então não eram faladas fossem abordadas em obras de mangá

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Banana Fish

Ao contrário do que muitos pensam, esse mangá não é de gênero BL (Boys Love). Publicada em 1985 um uma revista shoujo – Betsucomi –, a história de Ash e Eiji sugere que eles nutrem sentimentos um pelo outro que vão além da amizade e que eles desenvolvem um relacionamento amoroso. Mesmo que a obra não esteja classificada no gênero BL, foi um pontapé para que as relações românticas entre dois homens fossem mais naturalizadas. O mangá foi adaptado para anime em 2018

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Sailor Moon

Essa série é um expoente indiscutível em termos de representatividade LGBTQIAP+. Em 1992 o gênero BL – na época ainda chamado de ‘yaoi’ – já existia, bem como histórias que apresentavam personagens explicitamente LGBTs, mas nenhuma conseguiu o mesmo destaque de Sailor Moon. Sailor Urano e Sailor Netuno são um casal de mulheres, além da personagem Haruka, uma garota de estilo tomboy

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Utena

Essa é uma história que foi originalmente criada em anime, em 1997, para depois ser adaptada para mangá. Além de quebrar alguns paradigmas, a obra apresenta uma personagem bissexual: a protagonista, Utena, deseja viver um romance, até que acaba se envolvendo com a melhor amiga. O mangá foi publicado pela JBC em 2008

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Paradise Kiss

Lançada na revista Zipper em 1999, com cinco volumes já lançados no Brasil pela Conrad, Paradise Kiss traz Isabella, uma mulher transgênero. Ela explica para a protagonista, Yukari, que desde criança não conseguia se identificar enquanto homem. A partir daí, com o advento dos anos 2000, as representações LGBTQIAP+ nos animes apenas deslancharam

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Miguel Trombini