A ONG Construindo Igualdade, casa de acolhimento a LGBTs de Caxias do Sul (RS), a primeira da região, corre risco de encerrar suas atividades por falta de investimento. Sem apoio do poder público ou patrocinadores da iniciativa privada, a entidade depende exclusivamente dos recursos obtidos por meio de apadrinhamento e das vendas do brechó solidário.
O valor necessário para manter as atividades gira em torno de R$ 4,5 mil por mês, incluindo despesas básicas de aluguel, alimentação, água, luz e internet, mas o valor arrecadado não paga nem metade dos gastos,
"Todos os meses, tenho colocado dinheiro do próprio bolso para fechar as contas da casa, pagar a manutenção de um chuveiro que queimou, comprar uma mistura para o café dos meninos. Se o cenário atual permanecer, infelizmente não vamos chegar ao final do ano com atendimento", lamenta Cleo Araujo, diretora da ONG.
Atualmente, a casa conta com sete moradores, na faixa dos 20 aos 32 anos. O espaço tem capacidade para receber até 10 pessoas. Os moradores podem permanecer por até 12 meses, período em que recebem assistência psicológica, médica e jurídica de profissionais voluntários. Além de moradia temporária, a ONG também oferece cursos gratuitos.
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Outro serviço mantido pela ONG é o grupo de escuta terapêutica, aberto não apenas para os moradores da casa, mas para membros da comunidade LGBTQIA+ de Caxias do Sul e seus familiares. Os encontros são realizados aos sábados, das 17h às 19h.
"É um espaço para que todos possam compartilhar suas angústias. A ideia é que, com o grupo de escuta, essas pessoas entendam que não estão sozinhas. Somos mais fortes quando estamos juntos", destaca Cleo.
Quem quiser ajudar a ONG Construindo Igualdade pode fazer doações de qualquer valor para o Pix/CNPJ 06.192.924/0001-23. A entidade está aberta para visitas de pessoas que desejam conhecer o trabalho realizado, mediante agendamento pelo WhatsApp (54) 99161-3078.