Isabel Torres, atriz de "Veneno", morre aos 52 anos
A atriz enfrentava um câncer de pulmão; notícia foi confirmada pela família da artista
A atriz e apresentadora espanhola Isabel Torres faleceu aos 52 anos nesta sexta-feira (11) em decorrência de um câncer de pulmão. Em novembro passado, Isabel foi às redes sociais dizer que tinha mais dois meses de vida . A atriz estava no elenco da série " Veneno ", que fez muito sucesso no mundo todo.
A notícia foi confirmada pela família de Isabel por meio das redes sociais. "Hoje, 11 de fevereiro de 2022, nos despedimos de Isabel. Enquanto nós, familiares e amigos, sentimos profundamente sua perda, sabemos que onde quer que ela esteja, estará se divertindo como só ela sabia. Obrigado por todas as demonstrações de carinho e preocupação. Ela se foi se sentindo muito amada e protegida", escreveu a família.
Isabel enfrentava o câncer desde 2018, mas teve uma piora em 2021, o que a fez voltar para a quimioterapia. Ela tinha ciência de seu estao de saúde e chegou a se despedir dos fãs nas redes sociais.
“Este é o último vídeo que farei para os meus seguidores, para todos os meus fãs. Tenho estado muito doente e gostaria de contar como estou me sentindo [...] No início eles me deram dois meses de vida. Vamos ver se supero isso. Se eu superar, tudo bem; se não, tudo bem também. O que podemos fazer, a vida é assim", afirmou.
Em "Veneno", Isabel interpreta a versão mais velha da protagonista Cristina Ortiz Rodriguez, atriz, cantora e prostituta trans que ganhou o apelido de La Veneno.
Além da série, Isabel era uma das principais figuras do movimento trans na Espanha. A atriz foi a primeira mulher trans a se candidatar a Rainha do Carnaval de Las Palmas de Gran Canaria e a primeira a retificar sua documentação com a identidade de gênero feminina nas Ilhas Canárias, em 1996.
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** Camila Cetrone é formada em jornalismo. Desde 2020, é repórter do iG e tem experiência em coberturas sobre cultura, entretenimento, saúde, turismo, política, comportamento e diversidade; com ênfase em direitos das mulheres e LGBTQIA+, na qual está inserida como bissexual. É autora do livro-reportagem “Manda as Bicha Descer”, resultado da apuração de um ano na casa de acolhida LGBT Casa 1, no centro de São Paulo. Coleciona livros, vinis e estuda cinema nas horas vagas. Ama contar e ouvir histórias, cantar mal no karaokê e memes autodepreciativos (jura que faz terapia).