Beleza Queer: não tenha medo e use e abuse dos acessórios

Além de lindos, os acessórios podem ser muito funcionais e dão um toque mais do que especial para qualquer composição

O ex-'The Circle Brasil' Raphael Dumaresq é adepto dos colares e brincos
Foto: Luciano Gurgel
O ex-'The Circle Brasil' Raphael Dumaresq é adepto dos colares e brincos


Durante essa edição do ‘Big Brother Brasil’, um dos participantes do grupo Camarote, o atleta Paulo André, se destacou por usar um colar de pérolas na casa. A peça foi eleita como o “acessório do ano” pela GQ americana em 2021 e expressão da masculinidade sem preconceitos e impedimentos. Além dele, o influencer Raphael Dumaresq também exibe várias peças diferentes no pescoço e na orelha durante o reality "The Circle Brasil" e chamou a atenção para os homens que são adeptos dos acessórios.

O designer de moda César Marques destaca que é muito importante ter cada vez mais homens se aventurando em meio em diferentes tipos de peças. “Eles precisam parar de assimilar certos acessórios a itens femininos ou coisas ligadas diretamente à sexualidade. Veja: é só um colar de pérolas”, aponta.

O especialista ainda explica como os acessórios podem dar uma cara nova para qualquer composição e incrementar o look de modo a torná-lo mais versáteis. “A principal vantagem é complementar o figurino, dar uma cara nova por meio de alguns elementos. O ideal é usar e abusar de acessórios e sempre ir mudando. Você pode manter a mesma roupa e mudar todos os acessórios e, com isso, conquista outros looks totalmente diferentes, as possibilidades se tornam infinitas. Use e abuse”, diz. 

Para que seja dado o primeiro passo, principalmente para aqueles que não estão habituados com o uso de acessórios e sentem-se inseguros sobre como fazer composições adequadas, César Marques indica que o medo seja deixado de lado para dar lugar à criatividade e à capacidade de tentar repetidas vezes até conseguir um resultado que agrade. Além disso, é importante ter em mente que não existem regras claras sobre o uso dos acessórios, logo não precisa se preocupar com a possibilidade do “erro”.

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“Sair da zona de conforto e testar. E se não curtir, teste outro! Até encontrar o seu tipo de acessório: brincos, colares, anéis, relógios, pulseiras, óculos e bolsas. As melhores escolhas são as que a pessoa mais gostar. Não tem regra: gostou, usou”.

Para quem deseja incorporar os acessórios no dia a dia aos poucos, o especialista lista alguns passos que podem ajudar a se habituar com esses artifícios e se sentir mais livre e desimpedido em testá-los. Ele chama atenção principalmente para a funcionalidade nessa fase inicial.

“Comece pelos mais tradicionais: óculos escuros, anéis, relógios e bolsas. Quer algo mais prático que uma bolsa? Você pode colocar tudo dentro e parar de guardar coisas em bolsos. Acredito que a praticidade para quem está começando a utilizar é a chave de tudo. Não existe regra. Use o que gosta e está tudo certo! Moda é isso - ser feliz com suas composições”, ressalta.

A melhor parte dos acessórios é como eles podem variar de acordo com a ocasião e o evento para o qual a pessoa está se produzindo, adaptando-se também às respectivas necessidades da programação. Tendo em vista isso, é importante dar uma chance aos acessórios e ao que eles são capazes de proporcionar para as mais variadas propostas.

César destaca que os acessórios também podem assumir posição de protagonismo em um look mais sóbrio e simples, chamando assim a atenção para detalhes que podem fazer toda a diferença e tornar essa composição inédita de diferentes maneiras.

“Uma ocasião em que a pessoa utilizará um terno pode completar e ficará muito legal usar um brinco maior em cristal ou um anel, colocar uma gravata borboleta. Isso é sair da zona de conforto e utilizar itens fora do comum. Além de tornar o look e a pessoa mais interessantes”, conclui ele.

** Estagiário das editorias Queer, Canal do Pet e Turismo desde 2021, Miguel Trombini já passou pelas editorias Delas e Receitas. Produz majoritariamente para a página LGBTQIAP+ do iG e utiliza um pouco da experiência como homem trans e gay para oferecer o conteúdo mais completo possível acerca da diversidade sexual e de gênero.