Ministro de saúde da Grécia derruba lei que vigorava desde 1977.
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Ministro de saúde da Grécia derruba lei que vigorava desde 1977.

O ministro de saúde da Grécia, Thanos Plevris, e a deputada Mina Gaga assinaram um decreto que retirou uma antiga barreira para que homens gays e bissexuais doassem sangue, nesta segunda-feira (10).

A medida concluiu uma lei que entrou em vigor em 1977, quando as autoridades de saúde determinaram que homens que haviam tido relações sexuais com outros homens não poderiam ser doadores. 

Desse modo, a mudança entrará em vigor assim que for publicada no Diário do Governo, o jornal jurídico da Grécia que publica o texto das novas leis e decretos.

Ativistas LGBTQIA+ na Grécia lutam há anos por uma nova política de doação de sangue, argumentando que tais restrições são profundamente estigmatizantes e são um assombro da histeria da Aids.

A ciência avançou desde a década de 1980, quando o teste de HIV era mais lento e desajeitado. Agora, muitas das principais autoridades de saúde reconheceram que uma proibição tão rígida não acompanha o atual entendimento do HIV.

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Durante anos, autoridades de saúde e acadêmicos soaram o alarme sobre a “crise” que afeta as taxas de doação de sangue da Grécia, agravada pelo coronavírus e pela variante Ômicron.

O Centro Nacional de Doação de Sangue (EKEA, em grego) alertou para a tendência de queda no suprimento de sangue em 2015, com a agência até pedindo aos voluntários que não “esqueçam de doar sangue”.

A mudança coloca a Grécia no mesmo nível de muitos outros países europeus, incluindo Grã-Bretanha, França e Hungria, bem como os EUA, que facilitaram ou eliminaram completamente suas proibições homofóbicas para a doação de sangue. 

No Brasil, homens gays também eram proibidos de doar sangue, norma que foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) apenas em 2020.

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