Neste sábado (1), o rapper Uncle Murda lançou uma canção repleta de ofensas a celebridades, figuras públicas e a comunidade LGBTQIA+. Murda inicia a música dizendo que estaria se comunicando “de forma temerária e respeitosa”, mas logo depois começa a soltar insultos ao cantor Lil Nas X.
No trecho, Uncle Murda declara: "Lil Nas X vai pegar AIDS e morrer como Eazy-E", depois ainda continua: “Espero que os LGBTQ não me cancelem / como eles tentaram impedir que DaBaby fosse pago quando disse sobre como eles transmitiam AIDS”.
Eazy-E foi um rapper que morreu em 1995, pouco depois de ser repentinamente hospitalizado e diagnosticado com AIDS. Murda também fez referência ao rapper DaBaby, que recebeu duras críticas após seus comentários depreciativos e preconceituosos sobre HIV e a comunidade LGBTQIA+ no festival Rolling Loud, em Miami.
Posteriormente, DaBaby foi retirado de vários festivais que participaria, incluindo o Parklife, Lollapalooza, Day N Vegas e o Governor’s Ball 2021. Após os acontecimentos, ele realizou uma série de desculpas por seus comentários e até se reuniu com algumas organizações de AIDS.
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Lil Nas X opinou sobre a controvérsia envolvendo DaBaby em uma entrevista para a revista GQ em novembro de 2021. O cantor compartilhou que se sentiu “mal por DaBaby” e esperava que ele “crescesse” depois de sua luta contra a homofobia.
Além de Lil Nas X e DaBaby, o Uncle Murda também menciona o programa humorístico de Dave Chappelle, “The Closer”, em que o comediante faz várias piadas transfóbicas. Murda diz que a comunidade LBGTQIA+ "odiava" Chappelle, mas no final das contas "não conseguia pará-lo" porque "a Netflix era tipo 'Se você não gosta, não assista'".
O especial de Chappelle atraiu indignação no público. No entanto, a Netflix se recusou a cortar relações com Chappelle, censurar piadas transfóbicas no programa ou rotulá-las como discurso de ódio.
Em outubro, a equipe da Netflix, membros da comunidade trans e aliados protestaram contra “The Closer” do lado de fora dos escritórios da sede do serviço de streaming em Los Angeles. A demonstração contou com o apoio de celebridades como Elliot Page, Jonathan Van Ness, Angelica Ross, Dan Levy e Wanda Sykes.